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CASA NOVA NO SINOS. Central de Polícia modelo será aberta. ÁLISSON COELHO | CASA ZERO HORA/NOVO HAMBURGO, ZERO HORA 22/03/2012
Resultado de um projeto que uniu Estado e a comunidade de Novo Hamburgo, será inaugurada hoje a nova Central de Polícia do município do Vale do Sinos. Considerada pela cúpula da Polícia Civil como modelo para outras cidades do Estado, a estrutura irá abrigar quatro delegacias em um prédio de 1,4 mil metros quadrados no Centro.
Com móveis e equipamentos novos, a central foi projetada de forma a melhorar o trabalho dos agentes e trazer mais conforto aos moradores.
Uma das principais vantagens do novo endereço dos policiais é a localização. O prédio usado nos últimos 17 anos ficava em local afastado do centro da cidade, no bairro Ideal. Uma dificuldade extra para moradores de bairros distantes, e principalmente, um prejuízo na agilidade da polícia no momento de atender ocorrências.
– Além disso, o local antigo gerava um custo de R$ 9 mil mensais com aluguel – diz o comissário Jorge Luz dos Santos, que liderou o projeto.
Cedido pela prefeitura de Novo Hamburgo por 20 anos, com possibilidade de renovação por igual período, o prédio foi reformado ao custo de R$ 1 milhão. A central ganhou rampas de acesso e banheiros adaptados para uso de portadores de deficiências.
Apoio da comunidade para equipar o prédio
Todas as 51 salas têm ar-condicionado, computadores e móveis novos. Outra melhora em relação à antiga estrutura são as entradas da delegacia. A partir de agora, vítimas e testemunhas não terão mais contato com suspeitos.
– Antes havia a questão da intimidação, comum quando o suspeito vê as testemunhas. Na nova central, além de acesso separados, teremos salas para interrogatório e de reconhecimento que preservam as vítimas – afirma Luz.
Terminada a reforma, faltou dinheiro para a compra de aparelhos de climatização de ambiente e móveis. Os bancos usados na recepção da antiga central estavam tomados pelos cupins, e o mesmo acontecia com as mesas de trabalho de delegados e investigadores. A solução do poder público foi buscar apoio na comunidade.
– Tivemos doações de R$ 20 mil, mas outras bem pequenas. Um senhor nos procurou perguntando se podia doar R$ 100. Disse que queria muito ajudar mas não tinha mais. Foi a doação que significou mais para todos – ressalta o comissário.
Exemplos como o da arquiteta Fátima Schaeffer também ajudaram a impulsionar a obra. Voluntariamente, ela fez o projeto de paisagismo do entorno do prédio. Quando faltou dinheiro para material e mão de obra, tirou do próprio bolso e chamou sua equipe para executar o projeto.
– Eu me prontifiquei na mesma hora. Se cada um fizer a sua parte toda a comunidade ganha – diz a arquiteta.
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