O Policiamento Comunitário ou de Proximidade é um tipo de policiamento ostensivo que emprega efetivos e estratégias de aproximação, ação de presença, permanência, envolvimento com as questões locais, comprometimento com o local de trabalho e relações com as comunidades, objetivando a garantia da lei, o exercício da função essencial à justiça e a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do do patrimônio. A Confiança Mútua é o elo entre cidadão e policial, entre a comunidade e a força policial, entre a população e o Estado.

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

CONCEITO UPP: A POLÍCIA DA PAZ

UPP REPÓRTER
http://upprj.com/wp/

Sobre a UPP

A Unidade de Polícia Pacificadora é um novo modelo de Segurança Pública e de policiamento que promove a aproximação entre a população e a polícia, aliada ao fortalecimento de políticas sociais nas comunidades. 

Ao recuperar territórios ocupados há décadas por traficantes e, recentemente, por milicianos, as UPPs levam a paz às comunidades do Morro Santa Marta (Botafogo – Zona Sul); Cidade de Deus (Jacarepaguá – Zona Oeste), Jardim Batam (Realengo – Zona Oeste); Babilônia e Chapéu Mangueira (Leme – Zona Sul); Pavão-Pavãozinho e Cantagalo (Copacabana e Ipanema – Zona Sul); Tabajaras e Cabritos (Copacabana – Zona Sul); Providência (Centro); Borel (Tijuca – Zona Norte); Andaraí (Tijuca); Formiga (Tijuca); Salgueiro (Tijuca); Turano (Tijuca); Macacos (Vila Isabel); São João, Matriz e Quieto (Engenho Novo, Sampaio e Riachuelo); Coroa, Fallet e Fogueteiro (Rio Comprido); Escondidinho e Prazeres (Santa Tereza) e São Carlos (Estácio).

As UPPs representam uma importante ‘arma’ do Governo do Estado do Rio e da Secretaria de Segurança para recuperar territórios perdidos para o tráfico e levar a inclusão social à parcela mais carente da população. Hoje, cerca de 280 mil pessoas são beneficiadas pelas unidades.

Criadas pela atual gestão da secretaria de Estado de Segurança, as UPPs trabalham com os princípios da Polícia Comunitária. A Polícia Comunitária é um conceito e uma estratégia fundamentada na parceria entre a população e as instituições da área de segurança pública. O governo do Rio está investindo R$ 15 milhões na qualificação da Academia de Polícia para que, até 2016, sejam formados cerca de 60 mil policiais no Estado.

ASCOM SEGEG.



segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

OPERAÇÃO DA PC NO TERRITÓRIO DA PAZ

G1 RS - 10/12/2012 07h55 - Atualizado em 10/12/2012 10h16

Operação mobiliza 550 policiais em Território da Paz em Porto Alegre

Buscas são realizadas na Lomba do Pinheiro com ajuda de helicóptero. Polícia cumpre 52 mandados no combate ao tráfico de drogas na região.




Policiais realizaram buscas no bairro Lomba do Pinheiro, em Porto Alegre
(Foto: Fábio Almeida/RBS TV)

Por Fábio Almeida - Da RBS TV

Foi deflagrada nesta segunda-feira (10) uma operação no bairro Lomba do Pinheiro, onde fica localizado um dos Territórios da Paz em Porto Alegre, na Zona Leste. Segundo a Polícia Civil são 550 policiais distribuídos em 250 viaturas. O objetivo é cumprir 12 mandados de prisão e 40 de busca e apreensão no combate ao tráfico de drogas na região. Até as 8h30, 12 pessoas haviam sido presas. Os policiais apreenderam munição, armas, drogas e dinheiro.


Lomba do Pinheiro é um dos bairros onde funciona o Território da Paz
(Foto: Fábio Almeida/RBS TV)


No decorrer da investigação, que já dura um ano, foram presas outras 10 pessoas. Segundo o delegado Mário Souza, titular da 1ª Delegacia de Investigação do Narcotráfico, responsável pela operação, durante o período foi feito um mapeamento da área, onde se identificou pelo menos 40 pontos de tráfico.

Também na investigação a Polícia Civil contabilizou 21 homicídios na região entre janeiro e outubro. Foram mais de 2 mil crimes registrados no período. Entre as ações dos suspeitos de tráfico estão cobrança de pedágio a moradores em alguns pontos, além de ocupação de residências para transformar em local de venda de drogas.

A operação conta com o auxílio do helicóptero da Polícia Civil pela primeira vez. O veículo foi recebido no dia 28 de novembro. Montado em Itajubá (MG), o veículo teve custo de cerca de US$ 4,1 mil, cerca de R$ 8,5 mil. O governo federal pagou 98% do valor.

Fonte: http://g1.globo.com

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

ONG NA UPP





ZERO HORA 06 de dezembro de 2012 | N° 17275

SOLIDARIEDADE GAÚCHA

ONG treinará voluntários para atuar em UPPs no Rio


A organização não governamental gaúcha Parceiros Voluntários irá treinar voluntários para trabalhar em favelas pacificadas do Rio de Janeiro. O projeto, que deve ser concluído em abril do ano que vem, irá capacitar 110 líderes comunitários de 55 ONGs cariocas em gestão administrativa e gestão para o voluntariado, o que beneficiará cerca de 1,4 mil pessoas em vulnerabilidade social.

Com uma metodologia própria e desenvolvida ao longo dos anos, a ONG gaúcha habilitará os líderes cariocas a utilizar uma ferramenta para criação de site na internet, onde eles poderão prestar contas, mobilizar e cadastrar voluntários, parceiros e financiadores.

O processo de desarticulação de quadrilhas que controlavam morros cariocas se inicia com uma ação do governo estadual – em novembro de 2008, foi instalada a primeira Unidade de Polícia Pacificadora do Rio, no morro Santa Marta. Com o território livre do poder paralelo, o município mapeia as reais necessidades das favelas, identificando os serviços mais carentes, como educação e saúde. Por último, o Instituto Pereira Passos aponta as organizações não-governamentais que mais necessitam de capacitação nas favelas. Com esta identificação em mãos, começou o projeto Rede Comunidade Integrada, capitaneado pela Parceiros Voluntários.

Na capital fluminense, o trabalho será realizado por meio de um contrato com a ONU-Habitat, um segmento da Organização das Nações Unidas que financia a pacificação das favelas.

– O governo e o município querem que as lideranças locais estejam fortalecidas. Precisamos trabalhar os líderes para que eles reivindiquem os seus direitos – afirmou gerente de mobilização da Parceiros Voluntários, Cláudia Remião Franciosi.


quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

PACIFICAÇÃO: O AÇO QUE DOMOU BOGOTÁ

EM 2006

O DIA 11/11/2006 22:07:00

Sociólogo Hugo Acero diz que é possível reverter os índices de violência com a participação de todas as esferas da sociedade e convence Sérgio Cabral a conhecer as mudanças em sua cidade


Alexandre Arruda

Rio - Responsável por quase uma década pela segurança pública de uma das cidades mais violentas da América Latina, o sociólogo Hugo Acero tornou-se referência desde que reduziu a criminalidade na capital da Colômbia, Bogotá. Na sede do Instituto Viva Rio - onde deu uma aula semana passada -, o ex-subsecretário de Segurança e Convivência falou aO DIA sobre a difícil missão que assumiu em 1993, quando começou. Hoje, o homem que tem 'aço' no nome (Acero em espanhol) tornou-se observador da ONU para questões de violência e despertou a atenção do governador eleito Sérgio Cabral com os resultados obtidos em Bogotá e Medellín.

"Em 1993, a capital colombiana teve 4.352 homicídios, o que dava a taxa de 80 assassinatos por 100 mil habitantes. O Rio, por exemplo, tinha uma taxa de 56. Este ano, Bogotá vai terminar com 18 homicídios por 100 mil habitantes". A solução para a criminalidade, diz, "requer a participação de todas as esferas da sociedade".

Na capital, o prefeito à época, Antanas Muckus, reuniu, além dos secretários de Saúde, Educação e Segurança, juízes, fiscais de renda, urbanistas e outras instâncias públicas, como a procuradoria. "Não era só a polícia e a Justiça. Quantas escolas há naquele lugar? Quantas crianças temos estudando? Quantos postos de saúde temos ali? Funciona a iluminação desse bairro? Recolhe-se o lixo? Ou seja, entrávamos com todas as instituições para fazer melhorias", explicou Acero, destacando que a pasta da segurança cabe à prefeitura. A intervenção incluía demolição de barracos e a indenização dos moradores. Ele admite que a medida é dura, mas necessária."Deve-se comprar o terreno e arrebentar (o barraco) para obra pública", diz.

O dinheiro veio do aumento de impostos, prometido em campanha. Muckus criou duas taxas: uma opcional, incorporada ao IPTU, e outra telefônica, obrigatória, que aumentou o orçamento de US$ 5 milhões no biênio 1993 e 1995 para US$ 52 milhões entre 1998 e 2000. Tudo, diz Acero, para segurança e infra-estrutura.

Foram construídas unidades blindadas dentro das favelas, com efetivo policial permanente. A quantidade de agentes, porém, não aumentou. Desde aquela época, Bogotá tem 10.500 homens. "Capacitamos a polícia em convivência. Preparamos para atender o cidadão. E atender bem".

Mais mortes no Rio do que em Bogotá

Após o encontro com o sociólogo Hugo Acero, na quarta-feira, Sérgio Cabral decidiu enviar uma equipe a Bogotá para conhecer a experiência colombiana. Nos próximos quatro anos, ele terá de enfrentar um quadro dramático no estado.

Com 12 milhões de habitantes, o Rio tem um índice de 43,7 assassinatos por grupo de cem mil habitantes. A taxa oscilou muito pouco nos últimos 10 anos: em 1996 (primeiro ano com dados divulgados pelo Instituto de Segurança Pública), era de 55,4 mortes por grupo. Foram 7.435 homicídios contra 6.830 em 2005.

Para a socióloga Sílvia Ramos, pesquisadora do Centro de Estudos de Segurança e Cidadania (Cesec), Bogotá pode ser uma referência de integração, mas não um modelo a ser copiado.

"Sou a favor de que haja políticas de segurança específicas para a favela, com policiamento local e maior integração. O policiamento não pode entrar e sair", diz a pesquisadora, que defende maior entrosamento entre polícia, sociedade civil organizada e governo, como no caso colombiano. Ela admite divergências entre policiais e grupos de atuação social, mas acredita que já chegou a hora de ambos os lados dialogarem. Perguntado se aceitaria o desafio do Rio, Hugo Acero deixa uma porta aberta: "Se houver compromisso do governante, aceito".

MEDELLÍN É OUTRA APÓS ESCOBAR

A América Latina tinha, nas décadas de 80 e 90, dois grandes pontos de produção de cocaína: Cáli e Medellín, na Colômbia. As duas cidades ‘disputavam’ o mercado das drogas com grupos de traficantes que chegaram a formar os temidos ‘cartéis’, que determinavam as regras do jogo mundial do tráfico. No cartel de Medellín, o principal chefão era Pablo Emilio Escobar Gaviria, morto em 1993.

Apesar da queda natural de crimes após a morte de Escobar, os índices ainda eram altos: 174 assassinatos por cem mil habitantes, em 2002, e 95, em 2003. Nos últimos três anos, Acero começou um trabalho com a prefeitura de Medellín nas favelas, as ‘comunas’, parecidas com as cariocas. Em 2005, o índice de homicídios foi de 36 por cem mil habitantes. "Em São Paulo e Vitória (nas favelas) me sentia naquela Medellín", comparou Acero.

Sobre o uso de fuzis e armas de guerras nas favelas do Rio, Acero é taxativo: "Em Medellín também tínhamos isso. Não acredita que Pablo Escobar não tinha tudo o que tem aqui? E ele era mais louco do que esses. Fez uma guerra de estado".

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

SD MAGAIVER DÁ DICAS PARA EVITAR ASSALTOS


ZERO HORA 04 de dezembro de 2012 | N° 17273

ÁREA DE RISCO

Desatenção que pode custar caro. Operação Papai Noel combate ladrões que agem no centro da Capital durante as compras de Natal


GABRIELLE TOSON

Com uma mochila pendurada na parte de trás do corpo, mantida em apenas um dos braços, José Carlos Rodrigues, 40 anos, caminha tranquilamente por uma das ruas do centro da Capital até ser abordado pelo soldado Magaiver Garcia. Ele não percebe, mas a forma como leva seus pertences atrai batedores de carteira.

Após ouvir as dicas do PM, Rodrigues se justifica:

– Sempre levo desse jeito, mas sou bastante sensível. Se alguém tentasse levar, eu perceberia.

Nesta época, quando cerca de meio milhão de pessoas transitam pela região central, furtos e pequenos roubos tornam-se frequentes. Para coibir criminosos, cerca de 200 PMs atuarão em mais uma Operação Papai Noel.

O reforço na segurança, porém, não é capaz de evitar ataques. É necessário atenção redobrada na hora de ir às compras de Natal e Ano-Novo. Os principais alvos de furtos costumam ser mulheres, idosos e adolescentes, vistos por ladrões como potencialmente mais frágeis.

– Há muita gente que facilita a ação dos bandidos. As pessoas tendem a pensar que vão notar a aproximação de alguém, mas quando se dão conta o objeto já foi levado – diz o major Luis Ulisses Rodrigues Nunes.

A reportagem andou pelo Centro acompanhado do soldado Magaiver, que deu instruções a pedestres. Um deles foi Micheline Chedieck, 36 anos, que caminha escutando música.

– Mas está baixinho – comenta.

Além de falar sobre os fones, Magaiver ensina a pedestre a carregar corretamente a bolsa: sempre na parte da frente do corpo, e no braço mais fraco.

– No caso de um ataque, é importante deixar o braço forte livre – complementa o PM.


Os cuidados

CELULAR - Evite utilizá-lo. Caso seja necessário o uso, entre em uma loja, pare ou se encoste em uma parede e fique atento ao movimento. Lembre-se de que o celular está entre os objetos mais furtados.

FONES DE OUVIDO - Não é recomendado o uso nos deslocamentos no centro da cidade. Além de desviar a atenção, a música impede que o pedestre perceba a aproximação de alguém que está fora do seu campo de visão.

VITRINES - É claro que elas estão lá para serem vistas, mas evite ficar por muito tempo em frente às vitrines. Se algum produto for do seu interesse, entre na loja, onde o risco é menor.

DINHEIRO - Nunca carregue grande quantidade de dinheiro. Prefira cartões de crédito e fracione o dinheiro realizando saques de pequenas quantias.
BOLSAS
- As bolsas grandes atraem os bandidos. Prefira as menores, que são discretas e mais fáceis de usar.