O Policiamento Comunitário ou de Proximidade é um tipo de policiamento ostensivo que emprega efetivos e estratégias de aproximação, ação de presença, permanência, envolvimento com as questões locais, comprometimento com o local de trabalho e relações com as comunidades, objetivando a garantia da lei, o exercício da função essencial à justiça e a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do do patrimônio. A Confiança Mútua é o elo entre cidadão e policial, entre a comunidade e a força policial, entre a população e o Estado.

segunda-feira, 30 de abril de 2012

TERRITÓRIO DA PAZ É TEMA PARA DELEGADOS PC-RS

Território da Paz é tema de encontro - CORREIO DO POVO, 30/04/2012

Com objetivo de ampliar a influência dos Territórios da Paz, a Polícia Civil realizou seminário para delegados na sexta e no sábado, em Porto Alegre. O evento serviu para construir uma melhor compreensão do papel da Polícia Judiciária em áreas com altos índices de criminalidade.

A titular da Delegacia de Polícia Especializada no Atendimento à Mulher da Capital, Nadine Anflor, disse que, desde janeiro, o Centro de Referência Estadual da Mulher e a Coordenadoria das Delegacias Especializadas realizam projeto nos bairros Lomba do Pinheiro, Santa Tereza e Rubem Berta para identificar a rede de atendimento e fazer palestras nas comunidades. "Mostramos os direitos das mulheres e levamos uma delegacia móvel para os locais", explicou. A meta é reduzir o índice de violência e, especialmente, o número de homicídios de mulheres.

De acordo com Nadine, 84 mulheres foram mortas pelos companheiros no RS em 2010. No ano seguinte foram 45, e nos primeiros meses deste ano, 28. "O índice preocupa", enfatizou.

As ações nos Territórios da Paz objetivam a repressão qualificada, melhor atendimento nas delegacias e participação da Polícia na comunidade, disse o chefe de Polícia Civil, Ranolfo Vieira Júnior. Os bairros Rubem Berta, Restinga, Lomba do Pinheiro e Santa Tereza, na Capital, já contam com territórios, assim como Guajuviras e Mathias Velho, em Canoas.

quinta-feira, 26 de abril de 2012

MAIS DUAS UPP NO ALEMÃO

Bope inicia instalação de mais duas UPPs no Alemão. Novas unidades devem ser inauguradas em um mês. Uma ficará no alto do complexo e a outra nos arredores dos morros do Adeus e da Baiana - Ana Claudia Costa, Athos Moura - EXTRA, O GLOBO, 26/04/12 - 11h46

RIO - Policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope) estão instalando na manhã desta quinta-feira o contêiner que servirá como base da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) no alto do Morro do Alemão. De acordo com o relações públicas da Polícia Militar, as ações do Bope nos morros do Alemão, da Baiana e do Adeus fazem parte da primeira fase para a implantação de mais duas UPPs na região. Uma ficará nas comunidade do Adeus e Baiana e a outra no alto do complexo de favelas. A previsão de inauguração dessas novas unidades é de um mês.

Enquanto o Bope ocupa as favelas do Alemão, a PM realiza operações em 14 favelas da região metropolitana, cuja os criminosos são da mesma facção do complexo de favelas da Zona Norte. Duas pessoas já foram presas na Favela de Antares, em Santa Cruz; e outras duas em Caxias, na Baixada Fluminense. As ações estão sendo realizadas em favelas das zonas Norte, Oeste, Baixada Fluminense, Niterói e São Gonçalo.

A substituição dos militares do Exército nos morros do Adeus e da Baiana, no Complexo do Alemão, comunidades que se preparam para receber as Unidades de Polícia Pacificadora, tiveram início por volta das 23h desta quarta-feira. Durante a madrugada eles contaram com o apoio do Batalhão de Choque (BPChoque), revistando suspeitos e patrulhando as entradas de ambos os morros. Na manhã desta quinta-feira, juntaram-se a eles policiais do Batalhão de Ações com Cães (BAC), do Batalhão de Campanha, do Grupamento Aero-Marítimo (GAM) e do 22º BPM (Maré). Agentes da Coordenadoria de Inteligência (CI) da PM vão cumprir mandados de prisão nas duas localidades. A expectativa é de que até o fim de junho, a Polícia Militar já tenha substituído o Exército em todo o complexo de favelas.

O morro do Adeus atraiu a atenção da polícia durante essa semana. Na noite desta terça-feira, policiais do 16º BPM trocaram tiros com bandidos nas proximidades da escola Tim Lopes, na subida da grota do Morro do Adeus. Segundo a assessoria da Coordenadoria de Polícia Pacificadora, um morador que não quis se identificar afirmou ter visto homens armados descerem de uma van minutos antes do início do confronto. No Twitter, outros moradores relataram que ouviram tiros de fuzil entre o Morro do Adeus e o Morro da Baiana. As duas áreas ainda não foram pacificadas. O autor do perfil @Rene_Silva_RJ disse: “Voltou… tiros e mais tiros são ouvidos aqui no alemão… clima tenso, ninguém na rua, comércios fechados”.

Também na madrugada de terça-feira, policiais militares e bandidos trocaram tiros na região. O confronto ocorreu na comunidade Nova Brasília, uma das favelas que recebeu uma das duas Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) instaladas no Complexo do Alemão, há uma semana. De acordo com a polícia, os PMs receberam denúncia sobre um ponto de venda de drogas em um local conhecido como Coqueirinho. Três pessoas envolvidas no tiroteio conseguiram fugir e deixaram para trás uma granada com a inscrição "morte UPP". Os policiais também encontraram munições para fuzil e cocaína.

As primeiras UPPs do Complexo do Alemão começaram a ser instaladas na quarta-feira da semana passada. A unidade na localidade da Fazendinha atenderá também as subcomunidades Relicário, Palmeirinha, Morro das Palmeiras, Vila Matinha, Parque Alvorada e Casinhas. Já a UPP Nova Brasília também será responsável pelo policiamento das localidades Ipê Itararé, Mourão Filho, Largo Gamboa, Cabão, Joaquim de Queiroz, Loteamento, Prédios, Aterro I e Aterro II. Ao todo, 660 policiais passaram a fazer parte do cotidiano de aproximadamente 40 mil moradores das 16 primeiras comunidades do Complexo do Alemão contempladas pelo programa de pacificação da Secretaria de Estado de Segurança.

O processo para a instalação das duras UPPs no Alemão, ocupado pelo Exército desde 2010, começou em março. A ação contou com 750 homens, que substituíram os militares do Exército nas favelas de Nova Brasília e da Fazendinha. As outras dez comunidades do complexo, onde o Exército mantém 1.800 militares, serão ocupadas pela PM gradativamente. Segundo o secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, todo o processo de implantação das oito UPPs será concluído em 27 junho.

Assim que o processo de implantação das UPPs nos complexos do Alemão e da Penha for concluído, a base da Força de Pacificação, montada na antiga fábrica da Coca-Cola, na Avenida Itaoca, será transformada em sede do Comando de Polícia Pacificadora (CPP). Quando a sede do Bope for instalada na Maré, o CPP ocupará o atual quartel do batalhão, em Laranjeiras.

Ainda na noite de terça-feira, por volta das 20h30m, em outra área pacificada, um homem foi morto na porta de casa no Morro da Mineira, no Catumbi. O crime ocorreu em uma localidade conhecida como Beco do Gabriel. De acordo com a polícia, a vítima foi executada com três tiros. A Divisão de Homicídios (DH) assumiu a investigação. Nenhuma arma foi encontrada com o morto.

Dificuldade do processo de pacificação das comunidades

Com objetivo de conhecer de perto as dificuldades e experiências vividas pelos policiais no processo de pacificação, no dia 16 deste mês, o secretário Segurança Pública do Rio, José Mariano Beltrame, visitou as Unidades de Policia Pacificadora (UPP) da Mangueira e da Cidade de Deus. Na ocasião, Beltrame conversou com o capitão Leonardo Nogueira, comandante da UPP da Mangueira, e reafirmou que o processo de pacificação não é apenas uma questão de Segurança, mas de presença do Estado com serviços que resgatem a cidadania dos moradores. Na Cidade de Deus, o secretário caminhou pela comunidade com o major Felipe Romeu, comandante da UPP da área e conversou com alguns moradores.

quinta-feira, 12 de abril de 2012

COMANDANTES DA BM VISITAM UPP NO RIO


Unidade de Polícia Pacificadora na Cidade de Deus foi conhecida. Três bases da UPP atendem cerca de 120 mil habitantes da comunidade - CORREIO DO POVO, 12/04/2012


Em funcionamento desde fevereiro de 2009 e com foco para o policiamento comunitário, a UPP instalada na Cidade de Deus foi visitada ontem pelo comandante-geral da Brigada Militar do RS, coronel Sérgio Abreu. Com três bases distribuídas na área com aproximadamente 120 mil habitantes, conforme cálculos da Polícia Militar, a comunidade tem 350 PMs que atuam principalmente no combate ao tráfico de drogas. A visita foi acompanhada pelo comandante do Estado Maior da BM, coronel Valmor Araújo de Mello.

Segundo o major Felipe Romeu, que comanda a UPP, as bases funcionam como uma "Polícia de proximidade", que após o ingresso na região, passou a registrar aumento de denúncias e de casos de violência contra a mulher. Ações de reforço escolar, inclusão e atividades esportivas, porém, ainda são precárias.

Um dos pontos visitados foi a Creche Cidade de Deus, que atende a 218 crianças de zero a 4 anos e emprega 60 pessoas que moram na região. A creche, criada pela ONG Rio Solidário, tem parcerias com a prefeitura e empresas e orçamento mensal de R$ 200 mil. "O avanço obtido foi limitar o tráfico e reduzir índices de violência. Percebemos a falta de investimentos capazes de atender jovens e adultos", disse.

A diferença para o projeto Território da Paz, segundo Abreu, é que a iniciativa implementada na Capital e em cidades do interior do RS integra projetos de várias secretarias para atender às comunidades, com ações de educação, saúde e acesso ao microcrédito. Ontem à tarde, lojas, mercearias e pequenos estabelecimentos comerciais da Cidade de Deus estavam fechados em razão da morte do traficante Paulinho da Bazuca, morto terça-feira durante uma operação da PM.

O DESAFIO DE PENSAR GRANDE E AGIR PEQUENO

Abdon Barretto Filho, Diretor da Rede Plaza de Hotéis - JORNAL DO COMERCIO, 12/04/2012

A globalização, os avanços tecnológicos, as desregulamentações de mercados e a sustentabilidade do Planeta estão influenciando todas as organizações. Podem–se destacar as organizações prestadoras de serviços, que sofrem mais rapidamente com as mudanças nos comportamentos dos consumidores e a agressividade dos concorrentes.

Logo, a melhor defesa para manter-se no mercado é o “Pensar grande, agir pequeno”. Convém salientar que o “Pensar grande” deve ser compreendido como estar em sintonia com os eventos e tendências globais, porque o efeito do fluxo de ideias, dos bens e serviços sobre as preferências dos consumidores é real e considerável.

Na realidade, o consumidor quer o melhor, aqui e agora, de preferência bom, bonito e barato levando algumas organizações ao declínio. A perda de mercados de uma organização começa quando não consegue adequar-se à evolução da preferência da demanda. Os clientes, ao receberem novas informações, realizam comparações inevitáveis.

Algumas vezes, as organizações nem sempre possuem recursos financeiros, materiais e humanos capazes de atender as preferências globalizadas dos seus clientes. A economia de escala é um grande fator, porque elimina os pequenos ofertantes. Porém, é salutar imaginar que ainda existem as possibilidades para as pequenas organizações realizarem atendimentos aos novos segmentos e/ou nichos de mercados.

Além disso, se não for líder ou participar da liderança do mercado, poderá, através da inovação, criar novos mercados. Será? Além de “Pensar grande”, as organizações econômicas – empresas e entidades – deverão “Agir pequeno”, isto é, serem ágeis e flexíveis diante das preferências reveladas e as expectativas dos clientes e consumidores.

As estruturas hierárquicas rígidas e impositivas devem ceder aos comprometimentos e profissionalismos de todos os envolvidos para o sucesso da organização.

Tudo que puder ser substituído pela máquina será. Porém, a inteligência e a experiência humana serão os grandes delimitadores dos avanços tecnológicos. Nada substitui o contato e o talento humano.

quarta-feira, 4 de abril de 2012

PATRULHAMENTO A PÉ CONTRA O TRÁFICO


Patrulhamento a pé contra o tráfico na Rocinha. Favela terá até sexta-feira 700 policiais militares, o mesmo efetivo do batalhão do Leblon - Ana Cláudia Costa e Vera Araújo - O GLOBO 3/04/12 - 23h23


RIO - Os oito assassinatos registrados na Rocinha desde a sua ocupação, em novembro passado, fizeram com que a Polícia Militar colocasse em prática um plano B: implementar o policiamento a pé na comunidade, principalmente em becos e vielas, em vez de ficar apenas nos principais acessos ao morro. A novidade foi anunciada ontem pelo coordenador de Policiamento da Rocinha, major Edson Raimundo dos Santos, que pretende dividir a região em 12 pontos ou sub-bairros para tentar impedir a disputa territorial entre duas facções criminosas.

A partir de sexta-feira, o oficial vai comandar 700 homens — do Batalhão de Choque e recrutas do Comando de Polícia Pacificadora, praticamente o mesmo efetivo do 23º BPM (Leblon).

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Sobre a denúncia publicada na revista "Veja" de que policiais militares estariam recebendo suborno para favorecer uma das facções, facilitando a venda de drogas, o Centro de Inteligência da PM já identificou os maus policiais. Segundo uma fonte da corporação, a Corregedoria Interna da PM instaurou inquérito policial militar em 14 de março a fim de apurar a informação e, no momento, busca provas contra os envolvidos.

Com experiência de quem atuou nas operações da Lei Seca, o major Edson buscou misturar os grupos que farão as patrulhas:

— Da Lei Seca, tiro a prática de pôr vários órgãos para trabalhar em conjunto. No caso da Rocinha, irei mesclar policiais experientes de outras UPPs com os recrutas, além de incluir mulheres, principalmente para fazer as revistas de mulheres e crianças.

Antes de assumir o papel de coordenador do policiamento da Rocinha, major Edson Santos abriu mão das férias de janeiro para estudar a geografia da comunidade. Ele conta que tem cerca de 90% de becos e vielas, o que dificulta a ação policial.

— Se a Rocinha fosse um município, ela ocuparia o 22º lugar em número de habitantes, com 104 mil moradores, de acordo com o levantamento do PAC. É uma cidade. Por isso, é necessário um pessoal bem treinado, uma supervisão rígida para evitar desvios de conduta e muito diálogo com os moradores. Não estou inventando nada. É como comandar um batalhão com seus setores e sub-setores — explicou o coordenador, que não abre o jogo se será ou não o comandante da UPP da Rocinha.

Cada patrulha ficará responsável por uma área

Cada patrulha ficará responsável por áreas como Roupa Suja, Ruas 1, 2 e 3, Dionéia, Cachopa, Vila Verde, Terreirão, 199, Laboriaux, Capado e Barcelos. Cada grupo de quatro policias patrulhará uma área de cerca de 400 metros quadrados em plantões de 12 horas.

— Há regiões na Rocinha onde as motocicletas não chegam. Esses locais ficaram sem um patrulhamento, mas agora, com mais homens, faremos o policiamento a pé. Não ficarão áreas descobertas — argumentou o major Edson Santos.

Para o coordenador de policiamento da Rocinha, a disputa econômica pela região fez com que as disputas entre facções rivais se intensificassem nos últimos três meses, quando 12 armas foram apreendidas. Com a prisão do chefe do tráfico local, Antônio Bonfim Lopes, a quadrilha rival imaginou que o caminho estivesse livre para pegar sua fatia nos lucros com a venda de drogas.

— A Polícia Civil está apurando as mortes. Espero que a investigação seja conclusiva. Da minha parte, eu irei cobrar dos meus policiais. Quem me conhece sabe disso — afirmou o major Edson Santos.

terça-feira, 3 de abril de 2012

GUARDAS MUNICIPAIS QUEREM ATUAR COMO POLÍCIA PREVENTIVA


DEFESA NET - 29 de Março, 2012 - 08:00 ( Brasília )

Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público e Frente Parlamentar Pró-Guardas Municipais Foto - Agência Câmara
Agência Câmara

Comandantes de guardas municipais, sindicalistas e parlamentares defenderam nesta quarta-feira (28) a regulamentação do trabalho da categoria na prevenção da violência. O tema foi discutido em audiência publica da Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público.

Atualmente, as guardas civis municipais podem atuar somente no resguardo de bens, serviços e instalações locais.

Segundo o presidente do Sindicato dos Guardas Civis Metropolitanos da Cidade de São Paulo, Carlos Augusto de Souza, é preciso acabar com a “ilusão” de que os guardas municipais devem ter funções iguais às de outras forças de segurança. “Hoje, temos polícia de pronto atendimento que atua depois do ato de violência. Queremos desenvolver o papel de uma polícia preventiva, próxima do cidadão, dando a ele a sensação de segurança”, sustentou.

O deputado Vicentinho (PT-SP) também defendeu a ação preventiva desses profissionais. “A guarda municipal tem de ter uma atuação pacífica, pacificadora e comunitária. Ela deve atuar sobre a causa, não a consequência”, disse o parlamentar, autor do requerimento para a realização da audiência pública e ex-presidente da Frente Parlamentar das Guardas Civis Municipais, relançada hoje.

Proposta
Carlos Augusto de Souza faz parte de um grupo de trabalho criado pelo Ministério da Justiça em 2011 para regularizar a situação de mais de 86 mil guardas municipais de todo o País. O colegiado é formado por representantes do ministério, de secretarias municipais de segurança, além de comandantes de guardas municipais e sindicalistas.

O assessor da Secretaria Nacional de Segurança Pública do Ministério da Justiça Guilherme Leonardi afirmou que ainda não foi definido quando a proposta de reforma da regulamentação da categoria será enviada ao Congresso.

Discriminação

Para o comandante da Guarda Municipal de Osasco (SP), Gilson Menezes, os profissionais são discriminados no âmbito da segurança pública. “Muitas pessoas dizem que é loucura reforçar a guarda municipal. Mas quem sabe não possamos ajudar a trazer mais paz social ao Brasil?”, questionou.

Na opinião do deputado Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP), a categoria não teve ainda suas atribuições ampliadas por pressão de setores da Polícia Militar e falta de mobilização das próprias guardas municipais. “Erramos porque não soubemos mobilizar regionalmente os deputados para pressionar a votação da PEC [534/02, do Senado] que aumenta as competências das guardas municipais”, afirmou. Faria de Sá é o relator da PEC, que está pronta para ser votada em Plenário.

Íntegra da proposta: PEC-534/2002

NOTA: matéria apontada pelo Cel RR Alberto Afonso Landa Camargo

COMENTÁRIO DO BENGOCHEA - Nada mais natural. Revela uma tendência no Brasil pela ausência do policiamento preventivo estadual nas ruas, os bairros e nas periferias das cidades, já que as polícias militares em todo o Brasil vêm priorizando as blitzes e a contenção dos delitos. O abandono do caráter preventivo se nota pela insuficiência de efetivos ostensivos, pela falta de responsabilidade territorial, pela não permanência do policiamento em locais fixos e definidos, pelo distanciamento dos policiais em relação às comunidades, pelo reduzido contato com o cidadão, pela pintura discreta das viaturas de policiamento ostensivo e pelos uniformes de combate usados pelos policiais militares. Diante disto, existe um espaço a ser ocupado pelas futuras "polícias municipais" com a tolerância e incentivo dos Governos Estaduais.