O Policiamento Comunitário ou de Proximidade é um tipo de policiamento ostensivo que emprega efetivos e estratégias de aproximação, ação de presença, permanência, envolvimento com as questões locais, comprometimento com o local de trabalho e relações com as comunidades, objetivando a garantia da lei, o exercício da função essencial à justiça e a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do do patrimônio. A Confiança Mútua é o elo entre cidadão e policial, entre a comunidade e a força policial, entre a população e o Estado.
quinta-feira, 14 de abril de 2011
HERÓIS DE REALENGO - BEIJO MAIS QUE MERECIDO
Reportagem de Diogo Dias e Geraldo Perelo, O DIA 14/04/2011
O segundo-sargento Márcio Alves, que baleou o atirador Wellington Menezes de Oliveira, de 24 anos, e impediu que ele fizesse mais vítimas, foi recepcionado como herói ao final da missa. O policial foi aplaudido por mais de um minuto pelo público, que queria abraçá-lo e tocá-lo. Ele foi chamado ao palco e foi abraçado por Dom Orani.
Emocionado com a recepção, ele pediu para que os estudantes da escola Tasso da Silveira não se transfiram para outra unidade. “Aos pais, aos alunos, peço que não abandonem esta escola. É aqui que vocês vão encontrar força e apoio para se recuperar”, pediu Márcio Alves.
Feridas que dificilmente serão cicatrizadas
O local escolhido para a missa expôs feridas não cicatrizadas das famílias. Tia de Karine Chagas de Oliveira, uma das jovens mortas pelo atirador, a dona de casa Ana Paula dos Santos, 36 anos, afirma que não vai mais passar na rua da escola. Ela conta que não consegue parar de pensar no atirador e nos jovens assassinados.
“Ficar de frente para o local do crime é terrível. A escola deveria ser explodida. Não vou conseguir mais passar por essa rua. Para onde olho vejo a cara do assassino”, comenta Ana Paula, em meio as lágrimas.
O técnico de refrigeração Edson Luiz da Silva Rocha, 42, também não se sentiu confortável. Padrinho de Mariana de Souza, ele disse que a missa poderia ser realizada em outro lugar. “As pessoas vieram nos confortar, mas não adianta. A dor é grande”.
Já o pai de Rafael Pereira da Silva, o instalador de som automotivo Carlos Maurício Pinto, 38 anos, afirmou que é preciso encarar o problema de frente. “A escola não tem culpa de uma atrocidade dessas”.
Alta hospitalar
Uma das vítimas do atirador Wellington Menezes de Oliveira, o estudante Luan Gomes Cruz, 13 anos, teve alta ontem de manhã do Hospital Universitário Pedro Ernesto, em Vila Isabel, onde estava internado havia seis dias. Ele levou tiros no ombro e perna direitos.
“Ele está reagindo muito bem, apesar de ainda ter o projétil alojado no ombro, porque os médicos acharam melhor não mexer na lesão agora”, revelou o tio do menino, Fabiano Gomes.
Outros cinco estudantes internados em três hospitais da rede pública apresentaram melhoras no quadro de saúde. A Secretaria Estadual de Saúde informou, por meio de nota, que nenhum deles está em estado grave. Ontem, o secretário Sérgio Côrtes voltou a visitar as unidades e conversou com médicos e parentes das vítimas. Ele voltará hoje ao hospital de Realengo para visitar os estudantes.
No Hospital Adão Pereira Nunes, em Duque de Caxias, o adolescente L.V.S.F., 13, já respira sem ajuda de aparelhos e está sob observação de neurologistas após ser submetido a mais uma cirurgia. Já a menina T.T.M, 13, está lúcida e orientada. Ambos estão internados no CTI pediátrico da unidade.
No Hospital Albert Schweitzer, em Realengo, o menino E.C.A.A., 14, também já respira sem ajuda de aparelhos no CTI da unidade. Já D.D.V., 12, deixou o CTI e recebeu a visita de parentes. Em São Gonçalo, no Hospital Estadual Alberto Torres, o aluno J.O.S., 14, passa bem, apesar da lesão no braço direito.
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