O Policiamento Comunitário ou de Proximidade é um tipo de policiamento ostensivo que emprega efetivos e estratégias de aproximação, ação de presença, permanência, envolvimento com as questões locais, comprometimento com o local de trabalho e relações com as comunidades, objetivando a garantia da lei, o exercício da função essencial à justiça e a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do do patrimônio. A Confiança Mútua é o elo entre cidadão e policial, entre a comunidade e a força policial, entre a população e o Estado.
sábado, 9 de abril de 2011
EMERGÊNCIA 911
Haleyville, Alabama – 16 de Fevereiro de 1968
O texto que se segue é um resumo dos eventos relacionados à primeira chamada 911 (versão norte-americana do 190 brasileiro).
Antes de Alexander Graham Bell inventar o telefone, em 02 de junho de 1875, já existiam as “comunicações da segurança pública” nos EUA, ainda que restritas apenas aos chamados “town criers”. Os “town crier” eram um indivíduos que, em situações de emergência, caminhavam pelas ruas gritando por socorro. Nos EUA da década de 1950 já eram muito comuns as empresas privadas de telefonia. Se alguém necessitava da polícia tinha que discar o número específico da estação policial daquele local, ou, no caso de incêndio, chamar diretamente a instalação de bombeiros da localidade. Se fosse buscado um outro tipo de auxílio de emergência, através de uma instituição ou autoridade, o público discava o “zero” para ser atendido pela telefonista de informações, tendo de solicitar a ela o número daquela instituição ou pessoa buscada, discando tal número, a própria pessoa, logo em seguida.
Em 1958 o Congresso dos EUA começou a discutir acerca do estabelecimento de um número universal para as chamadas públicas de emergência, face a situação peculiar, já citada, envolvendo instituições privadas, e que emergira nesse importante setor de atendimento ao público. Na ocasião, juntaram-se a Comissão Presidencial para Assuntos Policiais (“President's Commission of Law Enforcement”) e a Comissão Federal de Telecomunicações (Federal Communications Commission), entabulando uma ampla discussão nacional acerca de qual seria o melhor número único para tal finalidade, sempre tendo em conta que ele teria de ser, ! primordialmente, de fácil memorização. Isso foi buscado, ainda mais intensamente, tendo em conta o número crescente de chamadas de emergência que continuavam sendo atendidas por telefonistas de empresas privadas de telefonia.
As pessoas em situações de emergência ficavam dependendo da disponibilidade da telefonista comercial de informações, muitas vezes aguardando por minutos preciosos, enquanto a “informações” atendia um outro usuário, via de regra numa situação ordinária de “auxílio à lista”. As empresas privadas, por sua vez, tinham que lidar com a difícil questão de estabelecer critérios acerca de como separar as chamadas de emergência, daquelas outras, comuns, acerca de pedidos ordinários de informação (auxílio à lista).
Por mais de dez anos essa questão foi discutida entre as instituições públicas interessadas... As organizações policiais entendiam que deveriam receber as chamadas de emergência, elas próprias, enquanto os bombeiros achavam que seria melhor que eles fizessem tal função. Até mesmo certos hospitais advogavam a prestação desse serviço.
A cidade de Haleyville, no Estado do Alabama, inaugurou o primeiro sistema 911 dos EUA, o qual ficaria baseado nas instalações da polícia da cidade. O porta-voz da vereança de Haleyville, Rankin Fite, fez a primeira chamada do 911, sendo respondido pelo deputado estadual Tom Bevill, que o contestou de um telefone vermelho brilhante instalado na estação de polícia local. Também testemunharam esse evento histórico o prefeito James Whitt, o presidente da comissão de serviços públicos Eugene (Bull) Connor e o presidente da empresa telefônica do Alabama, B. W. Gallagher. Foi assim que, em 16 de fevereiro de 1968, foi rea! lizada a primeira chamada 911.
Pode parecer que foi fácil o surgimento do serviço 911, mas tal não é verdade. O mérito do estabelecimento do serviço deve ser atribuído, basicamente, a Bill Frye, um jovem empresário de vinte poucos anos e que, à época, presidia a Associação Independente de Telefônicas do Alabama e Mississippi. Bill era extremamente técnico em assuntos de eletrônica, já tendo estabelecido várias bases telefônicas como parte de sua experiência profissional. Ele ficou interessado no estabelecimento do sistema 911 de Haleyville face o desafio técnico que a empreitada representava...
Nos primeiros estágios de desenvolvimento do projeto as pessoas da cidade não acreditavam que a polícia fosse capaz de realizar, a contento, o serviço de atendimento geral de emergência através do número 911. Os moradores de Haleyville, assim como alguns membros do Congresso, temiam que a municipalidade não tivesse pessoal qualificado para responder e encaminhar "todo e qualquer tipo de chamada de emergência". Quando as autoridades locais finalmente concordaram com Bill Frye em estabelecer o serviço e ele se colocou em contato com seu chefe direto, B.W.Gallagher, obtendo a devida permissão para implementar o projeto, Gal! lagher fez questão de alerta-lo para o fato de que estavam iniciando um projeto jamais realizado antes. Gallagher então indagou a Frye, "Se eu conseguir a aprovação do projeto pela Comissão Federal de Telecomunicações e tiver todos os interlocutores engajados, quanto tempo você levará para instalar o sistema?" Frye respondeu que tudo estaria pronto em aproximadamente uma semana...
Dr.George Felipe de Lima Dantas - Policia-br - Forum de discussão sobre Segurança Pública.
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