O Policiamento Comunitário ou de Proximidade é um tipo de policiamento ostensivo que emprega efetivos e estratégias de aproximação, ação de presença, permanência, envolvimento com as questões locais, comprometimento com o local de trabalho e relações com as comunidades, objetivando a garantia da lei, o exercício da função essencial à justiça e a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do do patrimônio. A Confiança Mútua é o elo entre cidadão e policial, entre a comunidade e a força policial, entre a população e o Estado.
domingo, 24 de abril de 2011
21 DE ABRIL - CIDADE HOMENAGEIA SEUS POLICIAIS E BOMBEIROS DESTAQUES
Policial e Bombeiro Destaques 2011 foram homenageados pela Câmara Municipal - Weruska Forgiarini, Assessora de Imprensa, Câmara de Vereadores, A NOTÍCIA, 24/04/2011,
A Câmara Municipal de São Luiz Gonzaga entregou, durante a sessão ordinária desta segunda-feira (18), o Título Policial e Bombeiro Destaques 2011. A homenagem, criada pelo Decreto Legislativo nº 21, de 28 de abril de 1998, visa o reconhecimento público do trabalho de policiais civis, militares e bombeiros que dedicam suas vidas à segurança pública, objetivando zelar pela coletividade. Neste ano, com a presença de autoridades, colegas de trabalho, familiares e amigos, foram agraciados o 3º sargento Ext. Jacó Valentim Boeno Lino e o soldado QPM-1 Luciano Antunes Marques, indicados pelo 14º Batalhão de Polícia Militar (BPM), o 2º sargento Vandré Reolon de Souza, pelo Corpo de Bombeiros e a inspetora de Polícia, Catarina Macedo da Rosa, pela Polícia Civil.
O vereador Aldimar Machado fez o pronunciamento oficial, representando o Poder Executivo. O parlamentar declarou que a homenagem se estende a todos os demais policias militares e civis que fazem história em São Luiz Gonzaga, no Estado e no país, lutando por menos criminalidade, resguardando a vida dos cidadãos. “Todos são guerreiros do bom combate. Da guerra pela justiça social, liberdade, igualdade de oportunidades e por um país mais justo. País este em que todos possam viver com dignidade, com direito à segurança, educação, saúde e moradia”, frisou.
Em seguida, a vereadora Eni Malgarim entregou o Título de Bombeiro Destaque para o 2º sargento Vandré Reolon de Souza. O vereador Mário Trindade fez a entrega do Título de Policial Destaque para o 3º sargento Ext. Jacó Valentim Boeno Lino, o vereador Francisco Lourenço entregou para o soldado QPM-1 Luciano Antunes Marques e o vereador Edson de Oliveira fez a entrega do Título para a inspetora de Polícia, Catarina Macedo da Rosa.
Logo após, os policiais fizeram uso da palavra e agradeceram os familiares que os apóiam nesta profissão de risco diário. Além disso, agradeceram os órgãos que os indicaram, a Câmara de Vereadores e a comunidade, pelo reconhecimento e valorização destes servidores que trabalham em prol da segurança pública. Em nome de todos os edis, o presidente do Poder Legislativo, vereador Junaro Figueiredo solicitou que a solenidade fosse encerrada com um minuto de silêncio em homenagem a aos policiais militares e civis que tombaram em serviço, cumprindo sua missão.
sábado, 23 de abril de 2011
PROTEGER, SERVIR E COMPARTILHAR
Trabalhando com o iPhone e o iPad. Quando os policiais de Redlands, na Califórnia, estão de serviço, eles levam tudo o que precisam. E isso inclui seus iPads e iPhones.
"O que mais se nota no cinto de um policial é o seu iPhone", diz Jim Bueermann, Chefe de Polícia da cidade de Redlands. "Ali estão armazenadas todas as informações que eles precisam quando estão fora e para as pessoas também. É tão fundamental como o rádio ou qualquer outro equipamento que eles levem no cinturão."
O iPad e o iPhone ajudam os policiais a monitorar a segurança dessa comunidade dinâmica de 70.000 pessoas, um polo de plantação de frutas cítricas, localizada a cerca de 97 quilômetros a leste de Los Angeles. "Tentamos identificar os problemas antes que as coisas se transformem em crime e desordem", explica Bueermann. "Para isso usamos uma série de mecanismos, seja pesquisa ou parceiros dentro da comunidade e tecnologia. Tudo para que possamos fazer as coisas com excelente custo-benefício e, acima de tudo, da forma mais ágil possível para atender as pessoas."
Proteger, servir e compartilhar.
O Departamento de Polícia de Redlands usa o iPad e o iPhone como interfaces de duas vias para que eles fiquem atentos às pessoas, lugares e situações que demandem atenção.
"O iPhone e o iPad estão realmente ajudando o Departamento de Polícia de Redlands a melhorar a segurança da comunidade", esclarece o Tenente Chris Catren. "Acredito que o iPad tem potencial para ser adotado em grande escala para cumprimento da lei pela sua portabilidade, facilidade de uso e tecnologia avançada. Esse dispositivo é excelente para a nossa atividade."
Com uma tela grande e clara, o iPad permite que os policiais e detetives do departamento vejam detalhes em mapas e fotos, enquanto o teclado simplifica a digitação de informações, onde necessário. "O iPad se transformou na minha central de informações", diz Bueermann. "Ele substituiu totalmente o bloco de anotações que costumava levar comigo. Agora faço tudo o que preciso com a ajuda do iPad."
O iPad também ajuda a quebrar o gelo entre os policiais e as pessoas. Bueermann comenta: "Com o iPad, as pessoas se aproximam de mim mesmo quando estou fardado. Ele é sempre um motivo para começarmos a conversar como o departamento de polícia usa a tecnologia. Para eles somos agora além de um distintivo e um uniforme e a barreira entre os policiais e as pessoas que eles servem ficou mais suave."
Em guarda com o iPad e o iPhone.
Seja a pé, de bicicleta ou de carro, os policiais de Redlands usam o iPhone e o iPad para acessar, enviar e receber valiosas informações necessárias para resolver possíveis problemas. "Eles nos permitem consultar mapas via satélite, acessar a Internet, enviar e-mails e até tirar fotos das vítimas e de possíveis suspeitos", explica Bueermann.
"Contar com tanta informação na ponta dos dedos e conseguir compartilhá-la rapidamente com os outros policiais em campo é de extremo valor", concorda Catren. "Há vários casos em que os policiais consegiram identificar rapidamente marginais e transferir vídeo que levou à captura de suspeitos."
Para a detetive Leslie Martinez, o iPhone e o iPad são ferramentas de grande valor e que ajudam muito a desvendar roubos. "O iPhone mudou minha forma de trabalhar", ela diz. "Eu me comunico melhor e muito mais com a comunidade. Posso usar e-mail ou até mesmo mensagens de texto para a troca rápida de informações. Em vez de marcar um encontro com alguém, posso enviar uma foto e dizer "Essa parece a jóia que vocês estavam procurando. Deem uma olhada e me avisem."
Ela também usa o iPhone para resolver casos mais complexos. "Encontramos uma vez um local lotado de coisas roubadas de várias lojas", ela lembra. Com a ajuda do app RedLaser no iPhone, Martinez escaneou os códigos de barra para descobrir de quais lojas os produtos poderiam ter saído, simplificando um processo que poderia ser bem mais complexo e demorado.
Apps bem intencionados.
A força policial de Redlands usa vários apps para iPhone e iPad desenvolvidos especialmente para a sua área de atuação como o Field Contact, um app de documentação que ajuda na coleta de dados em campo e edições do Código Penal da Califórnia e do Código de Trânsito da Califórnia para consulta.
"Mas nem todos os apps são de uso exclusivamente para cumprimento da lei", explica Bueermann. "Ás vezes os mesmos aplicativos utilizados pelas empresas são ótimos também para o nosso trabalho."
Por exemplo, Bueermann e a sua equipe usam o Keynote para a criação de apresentações de alta qualidade no iPad e o Office2 HD no iPad para criação e edição de documentos em Microsoft Word e Excel. "A combinação desses apps com o tamanho do iPad é perfeita, porque ele tem o tamanho ideal para redigirmos nossos relatórios", diz Catren. "Em vez de ter que voltar à delegacia, os policiais podem realizar suas tarefas nas áreas onde estiverem. Isso permite que eles fiquem nas ruas e na comunidade por mais tempo."
Os novos pacificadores.
O uso do iPhone e do iPad pelo Departamento de Polícia de Redlands tem sido bem tranquilio", diz Bueermann. "Não temos tido nenhum problema, nem preocupação com a segurança dos dados ou como acessá-los.
Os dispositivos são tão fáceis de usar que nem precisamos de treinamento," diz Catren. "Quando entregamos os iPhones e iPads para os policiais ninguém nunca fala "Não sei como usar isso"". Eles são tão intuitivos, com aquela prática tela Multi-Touch e capacidade de zoom. O iPad é muito simples. O iPhone é muito simples. É isso o que precisamos e queríamos de um dispositivo."
Com o iPhone, o iPad e a grade variedade de apps à disposição para fazer praticamente qualquer coisa, os policiais de Redlands estão muito bem equipados para coletar e decifrar informações e dados em campo, comunicar fatos importantes e identificar padrões para manter a cidade segura.
"O iPad e o iPhone são duas tecnologias com excelente custo-benefício nas quais investimos para fazer o nosso trabalho", diz Bueermann. "O iPad me ajuda a fazer melhor o trabalho. Consigo desempenhar melhor a minha função e ser mais criativo em termos de serviços que podemos prestar para a comunidade. Diria que os outros chefes de polícia não deveriam nunca ignorar o poder dessa ferramenta.
Não consigo mais me ver trabalhando sem meu iPhone", diz Martinez. "Ele está sempre comigo. Sempre à disposição e me mantendo informado de tudo o que aconetece. Penso que o iPhone é a tecnologia mais avançada para o cumprimento da lei."
Visão rápida
Localização: Redlands, Califórnia
Fundação: 1888
98 policiais e 100 funcionários civis
http://ci.redlands.ca.us/police/
Os policiais patrulham a cidade de Redlands com a ajuda de Segway.
"O iPad me ajuda a fazer melhor o trabalho. Diria que os outros chefes de polícia não deveriam nunca ignorar o poder dessa ferramenta. Jim Bueermann, Chefe de Polícia do Departamento de Polícia de Redlands
"Não consigo mais me ver trabalhando sem meu iPhone. Ele está sempre comigo. Sempre à disposição e me mantendo informado de tudo o que aconetece." Detetive Leslie Martinez, Departamento de Polícia de Redlands
"Acredito que o iPad tem potencial para ser adotado em grande escala para cumprimento da lei pela sua portabilidade, facilidade de uso e tecnologia avançada." Tenente Chris Catren, Departamento de Polícia de Redlands
FONTE: http://www.apple.com/br/ipad/business/profiles/redlandspd/
quinta-feira, 14 de abril de 2011
HERÓIS DE REALENGO - BEIJO MAIS QUE MERECIDO
Reportagem de Diogo Dias e Geraldo Perelo, O DIA 14/04/2011
O segundo-sargento Márcio Alves, que baleou o atirador Wellington Menezes de Oliveira, de 24 anos, e impediu que ele fizesse mais vítimas, foi recepcionado como herói ao final da missa. O policial foi aplaudido por mais de um minuto pelo público, que queria abraçá-lo e tocá-lo. Ele foi chamado ao palco e foi abraçado por Dom Orani.
Emocionado com a recepção, ele pediu para que os estudantes da escola Tasso da Silveira não se transfiram para outra unidade. “Aos pais, aos alunos, peço que não abandonem esta escola. É aqui que vocês vão encontrar força e apoio para se recuperar”, pediu Márcio Alves.
Feridas que dificilmente serão cicatrizadas
O local escolhido para a missa expôs feridas não cicatrizadas das famílias. Tia de Karine Chagas de Oliveira, uma das jovens mortas pelo atirador, a dona de casa Ana Paula dos Santos, 36 anos, afirma que não vai mais passar na rua da escola. Ela conta que não consegue parar de pensar no atirador e nos jovens assassinados.
“Ficar de frente para o local do crime é terrível. A escola deveria ser explodida. Não vou conseguir mais passar por essa rua. Para onde olho vejo a cara do assassino”, comenta Ana Paula, em meio as lágrimas.
O técnico de refrigeração Edson Luiz da Silva Rocha, 42, também não se sentiu confortável. Padrinho de Mariana de Souza, ele disse que a missa poderia ser realizada em outro lugar. “As pessoas vieram nos confortar, mas não adianta. A dor é grande”.
Já o pai de Rafael Pereira da Silva, o instalador de som automotivo Carlos Maurício Pinto, 38 anos, afirmou que é preciso encarar o problema de frente. “A escola não tem culpa de uma atrocidade dessas”.
Alta hospitalar
Uma das vítimas do atirador Wellington Menezes de Oliveira, o estudante Luan Gomes Cruz, 13 anos, teve alta ontem de manhã do Hospital Universitário Pedro Ernesto, em Vila Isabel, onde estava internado havia seis dias. Ele levou tiros no ombro e perna direitos.
“Ele está reagindo muito bem, apesar de ainda ter o projétil alojado no ombro, porque os médicos acharam melhor não mexer na lesão agora”, revelou o tio do menino, Fabiano Gomes.
Outros cinco estudantes internados em três hospitais da rede pública apresentaram melhoras no quadro de saúde. A Secretaria Estadual de Saúde informou, por meio de nota, que nenhum deles está em estado grave. Ontem, o secretário Sérgio Côrtes voltou a visitar as unidades e conversou com médicos e parentes das vítimas. Ele voltará hoje ao hospital de Realengo para visitar os estudantes.
No Hospital Adão Pereira Nunes, em Duque de Caxias, o adolescente L.V.S.F., 13, já respira sem ajuda de aparelhos e está sob observação de neurologistas após ser submetido a mais uma cirurgia. Já a menina T.T.M, 13, está lúcida e orientada. Ambos estão internados no CTI pediátrico da unidade.
No Hospital Albert Schweitzer, em Realengo, o menino E.C.A.A., 14, também já respira sem ajuda de aparelhos no CTI da unidade. Já D.D.V., 12, deixou o CTI e recebeu a visita de parentes. Em São Gonçalo, no Hospital Estadual Alberto Torres, o aluno J.O.S., 14, passa bem, apesar da lesão no braço direito.
terça-feira, 12 de abril de 2011
190 PARA TODAS AS EMERGÊNCIAS
Telefone 190 poderá ser adotado para todos os tipos de emergência. Mendes Thame usa como exemplo o número 911 dos EUA. - Laycer Tomaz - AGÊNCIA CÂMARA DE NOTÍCIAS, Portal da Câmara dos Deputados, 31/03/2011
O Projeto de Lei 175/11, em tramitação na Câmara, determina que o número 190 será utilizado em todo o País para todos os tipos de emergência (polícia, bombeiros, atendimento médico, defesa civil, disque-denúncia e outros).
Mendes Thame argumenta que a medida vai possibilitar o atendimento mais eficaz à população. “Hoje, o usuário é obrigado a decorar uma variedade de números: 190 para Polícia Militar, 192 para atendimento médico de emergência, 193 para bombeiros, 199 para defesa civil, 147 para polícia civil, 181 para disque-denúncia e assim por diante”, disse ele, acrescentando que, nos Estados Unidos, o número 911 cumpre essa função.
O projeto também prevê pena de detenção de dois a quatro anos, acrescida da metade se houver dano a terceiro, além de multa, para quem utilizar o serviço de forma abusiva, com a intenção de prejudicar ou impedir sua operação – passar trote, por exemplo.
De acordo com a proposta, do deputado Antonio Carlos Mendes Thame (PSDB-SP), as despesas do serviço serão pagas pelas operadoras de serviços de telefonia – fixa e móvel. O parlamentar reconhece que os custos do serviço serão elevados. No entanto, ele afirma que esse setor tem um faturamento de aproximadamente R$ 160 bilhões por ano.
A proposta que altera a Lei Geral de Telecomunicações (9.472/97), acrescentado um item (o direito ao número único) na lista de direitos do usuário de serviços de telecomunicações.
Tramitação PL-175/2011
O projeto tramita em caráter conclusivo e será analisado pelas comissões de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática; de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.
COMENTÁRIO DO BENGOCHEA - Para que esta lei seja aplicada, o Estado deve investir pesado no sistema para fazer a ligações, despachar, controlar toda a demanda dos variados atendimentos. Além disto, a centralização deve ser direcionada para aquelas emergências gerais, deixando as locais para Centros de Operações específicos.
O Projeto de Lei 175/11, em tramitação na Câmara, determina que o número 190 será utilizado em todo o País para todos os tipos de emergência (polícia, bombeiros, atendimento médico, defesa civil, disque-denúncia e outros).
Mendes Thame argumenta que a medida vai possibilitar o atendimento mais eficaz à população. “Hoje, o usuário é obrigado a decorar uma variedade de números: 190 para Polícia Militar, 192 para atendimento médico de emergência, 193 para bombeiros, 199 para defesa civil, 147 para polícia civil, 181 para disque-denúncia e assim por diante”, disse ele, acrescentando que, nos Estados Unidos, o número 911 cumpre essa função.
O projeto também prevê pena de detenção de dois a quatro anos, acrescida da metade se houver dano a terceiro, além de multa, para quem utilizar o serviço de forma abusiva, com a intenção de prejudicar ou impedir sua operação – passar trote, por exemplo.
De acordo com a proposta, do deputado Antonio Carlos Mendes Thame (PSDB-SP), as despesas do serviço serão pagas pelas operadoras de serviços de telefonia – fixa e móvel. O parlamentar reconhece que os custos do serviço serão elevados. No entanto, ele afirma que esse setor tem um faturamento de aproximadamente R$ 160 bilhões por ano.
A proposta que altera a Lei Geral de Telecomunicações (9.472/97), acrescentado um item (o direito ao número único) na lista de direitos do usuário de serviços de telecomunicações.
Tramitação PL-175/2011
O projeto tramita em caráter conclusivo e será analisado pelas comissões de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática; de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.
COMENTÁRIO DO BENGOCHEA - Para que esta lei seja aplicada, o Estado deve investir pesado no sistema para fazer a ligações, despachar, controlar toda a demanda dos variados atendimentos. Além disto, a centralização deve ser direcionada para aquelas emergências gerais, deixando as locais para Centros de Operações específicos.
domingo, 10 de abril de 2011
"TOLERÂNCIA ZERO" E "CARREIRA ÚNICA"
È bom lembrar que não sou contra o programa Tolerância Zero. Só que este programa é inaplicável no Brasil, pois temos uma constituição esdrúxula e plena de privilégios e benevolencias, um teia de leis contraditórias, forças policiais divididas, defensorias desestrurada, presídios desumanos e um sistema judicial centralizador, burocrata, moroso e sem coatividade, que está distante das questões de ordem pública e vem desamparando as forças policiais, enfraquecendo o Ministério Público e desmoralizando suas instâncias iniciais.
O processo que envolve a polícia prender, a justiça soltar e os presídios corromperem e aliciarem, faz parte de uma rotina inoperante e desacreditada na preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio. As mediadas palitavas adotada pela justiça para não se indispor com a classe política aumentam a insegurança, o descrédito no Estado e o potencial criminoso dos apenados, reduzindo as oportunidades de reinclusão e ressocialização e gerando tolerância com a indignidade, ociosidade, permissividade, insalubridade, insegurança, submissão, execuções, superlotação e outras afrontas aos Direitos Humanos praticados dentro doas presídios.
Nos EUA, as leis são coativas e o sistema judiciário é ágil e extremamente preocupado com a questões de ordem pública, os parlamentares seguem esta postura rigorosa, os promotores públicos são fortes e as várias polícias existentes são auxiliares da justiça, trabalhando no ciclo completo e interagindo com todos os demais instrumentos do sistema de ordem pública.
Aqui, pelo contrário, os ladrões de galinha superlotam, ficam ociosos em masmorras prisionais e são esquecidos sem julgamento pela justiça e sem a defesa que deveria ser promovida pelas defensorias. Enquanto isto, os bandidos de colarinho branco ficam impunes utilizando os vários recursos, prazos e trâmites para obstruir o transitado em julgado até a prescrição ou esquecimento do crime num arquivo e sem devolver o que foi surrupiado.
Se fosse aplicado o "tolerância zero" no Brasil, os policiais e promotores iriam se estressar, podendo ir até o último grau desta doença - a intolerancia, diante da inutilidade de seus esforços.
Quanto à estrutura das polícias estaduais brasileiras defendi no meu livro "Ordem (Justiça) e Liberdade, polost, 2006), entre três hipóteses, a transformação das Polícias Militares em Polícia Estadual e a Polícia Civil em Polícia do Judiciário, ambas estruturadas no ciclo policial (investigativa, pericial e ostensiva), com limites bem definidos, ficando a Polícia do Judiciário com o juizado de garantia e conciliação (Delegados de Polícia) e com os crimes envolvendo autoridades públicas e outros de maior repercussão, podendo auxilar a polícia estadual naqueles casos mais difíceis ou incompletos, por determinação judicial.
Referente à Carreira Única, penso que devemos seguir o modelo das demais instituições estruradas em categorias de nível médio e de nível superior. Esta última aberta a todos que tenham os requisitos do bacharelado em direito. É a melhor maneira das polícias terem nos seus quadros jovens gestores e falaram o mesmo idioma dentro do sistema brasileiro.
A forma sugerida pelo Bratton jamais daria certo no Brasil, salvo se houvesse uma mudança radical de cultura e postura na sociedade e nos governantes instalados nos três Poderes de Estado em todos os níveis federativos. Ele se equivoca quando fala que há diferença de classe social entre os policiais, pois a maioria dos Delegados de Polícia e os Oficiais das PM são oriundas de classes média e pobre, pois os mais ricos buscam outras colocações menos perigosas e mais rendosas do que a profissão policial.
Posso dar o meu exemplo, pois sou Coronel da Brigada Militar, filho de um Soldado da Brigada Militar e membro de uma família de sete filhos. Há Delegados e Oficiais com esta mesma origem - filho(a) de soldado PM e agente da policía civil - que tiveram a oportunidade de ir para uma faculdade e passar num concurso e tramitar pelos diversos cursos técnicos e de graduação dentro da instituição exigidos para as promoções aos grau seguintes.
Sobre a Carreira policial militar única, veja o projeto e leia os comentários...
http://frentedosoficiaissuperioresdabm.blogspot.com/2011/03/carreira-policial-militar-unica.html
O processo que envolve a polícia prender, a justiça soltar e os presídios corromperem e aliciarem, faz parte de uma rotina inoperante e desacreditada na preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio. As mediadas palitavas adotada pela justiça para não se indispor com a classe política aumentam a insegurança, o descrédito no Estado e o potencial criminoso dos apenados, reduzindo as oportunidades de reinclusão e ressocialização e gerando tolerância com a indignidade, ociosidade, permissividade, insalubridade, insegurança, submissão, execuções, superlotação e outras afrontas aos Direitos Humanos praticados dentro doas presídios.
Nos EUA, as leis são coativas e o sistema judiciário é ágil e extremamente preocupado com a questões de ordem pública, os parlamentares seguem esta postura rigorosa, os promotores públicos são fortes e as várias polícias existentes são auxiliares da justiça, trabalhando no ciclo completo e interagindo com todos os demais instrumentos do sistema de ordem pública.
Aqui, pelo contrário, os ladrões de galinha superlotam, ficam ociosos em masmorras prisionais e são esquecidos sem julgamento pela justiça e sem a defesa que deveria ser promovida pelas defensorias. Enquanto isto, os bandidos de colarinho branco ficam impunes utilizando os vários recursos, prazos e trâmites para obstruir o transitado em julgado até a prescrição ou esquecimento do crime num arquivo e sem devolver o que foi surrupiado.
Se fosse aplicado o "tolerância zero" no Brasil, os policiais e promotores iriam se estressar, podendo ir até o último grau desta doença - a intolerancia, diante da inutilidade de seus esforços.
Quanto à estrutura das polícias estaduais brasileiras defendi no meu livro "Ordem (Justiça) e Liberdade, polost, 2006), entre três hipóteses, a transformação das Polícias Militares em Polícia Estadual e a Polícia Civil em Polícia do Judiciário, ambas estruturadas no ciclo policial (investigativa, pericial e ostensiva), com limites bem definidos, ficando a Polícia do Judiciário com o juizado de garantia e conciliação (Delegados de Polícia) e com os crimes envolvendo autoridades públicas e outros de maior repercussão, podendo auxilar a polícia estadual naqueles casos mais difíceis ou incompletos, por determinação judicial.
Referente à Carreira Única, penso que devemos seguir o modelo das demais instituições estruradas em categorias de nível médio e de nível superior. Esta última aberta a todos que tenham os requisitos do bacharelado em direito. É a melhor maneira das polícias terem nos seus quadros jovens gestores e falaram o mesmo idioma dentro do sistema brasileiro.
A forma sugerida pelo Bratton jamais daria certo no Brasil, salvo se houvesse uma mudança radical de cultura e postura na sociedade e nos governantes instalados nos três Poderes de Estado em todos os níveis federativos. Ele se equivoca quando fala que há diferença de classe social entre os policiais, pois a maioria dos Delegados de Polícia e os Oficiais das PM são oriundas de classes média e pobre, pois os mais ricos buscam outras colocações menos perigosas e mais rendosas do que a profissão policial.
Posso dar o meu exemplo, pois sou Coronel da Brigada Militar, filho de um Soldado da Brigada Militar e membro de uma família de sete filhos. Há Delegados e Oficiais com esta mesma origem - filho(a) de soldado PM e agente da policía civil - que tiveram a oportunidade de ir para uma faculdade e passar num concurso e tramitar pelos diversos cursos técnicos e de graduação dentro da instituição exigidos para as promoções aos grau seguintes.
Sobre a Carreira policial militar única, veja o projeto e leia os comentários...
http://frentedosoficiaissuperioresdabm.blogspot.com/2011/03/carreira-policial-militar-unica.html
WILLIAM BRATTON - CHEFE DE POLÍCIA LAPD
Entrevista com o chefe de polícia de Los Angeles William Bratton
Xerife do Tolerância Zero afirma que é a hora de o Brasil investir em Segurança. William Bratton, ex-chefe de polícia de Nova York e Los Angeles, dá dicas para debelar o crime - Marcelo Gonzatto ZERO HORA 24/01/2010
O Brasil está diante de uma oportunidade histórica para derrotar o crime. Quem garante é o homem que pacificou duas metrópoles americanas – Nova York e Los Angeles.
Quando William Bratton, 62 anos, assumiu o comando da polícia nova-iorquina com a promessa de vencer a guerra contra os bandidos que matavam mais de 2 mil pessoas por ano, em 1994, poucos acreditaram no xerife da tática conhecida como Tolerância Zero. Mas ele conseguiu.
De 2002 ao final do ano passado, período em que chefiou os policiais de Los Angeles, repetiu a promessa. Igualmente a cumpriu, encolhendo as estatísticas de crime. As cidades, que estavam entre as mais violentas dos Estados Unidos, são hoje duas das mais seguras. Agora, o homem que recebeu o apelido de “top cop” (maior policial) americano volta seus olhos para o Brasil – e com otimismo.
Recém aposentado do serviço público e integrado à empresa americana de consultoria em segurança Altegrity, Bratton virá ao país para uma palestra entre março e abril, em São Paulo.
Ele garante que o crescimento econômico e a proximidade de eventos como a Copa do Mundo e a Olimpíada criam um momento único para revolucionar a segurança urbana.
Confira os principais trechos da entrevista de Bratton concedida a ZH, por telefone, de Nova York:
Zero Hora – O que o senhor mudaria em primeiro lugar no sistema brasileiro de segurança pública?
William Bratton – Passei por uma experiência no Brasil, em 2000, 2001 e 2002, quando estive trabalhando para o ex-governador (Tasso) Jereissati no Estado do Ceará, particularmente na cidade de Fortaleza. Tivemos algum sucesso reduzindo índices de criminalidade, e pude conhecer o seu sistema de Justiça criminal. Ele tem problemas em termos de falta de coordenação e colaboração entre os vários componentes. Às vezes devido à estrutura organizacional, às vezes porque há diferenças entre as organizações, e nem sempre há vontade de colaborar e se coordenar umas com as outras.
ZH – O fato de termos duas polícias faz parte disso?
Bratton – Sim, mas até mesmo se pegarmos apenas a Polícia Militar, por exemplo, os praças formam um grupo separado dos oficiais, são classes bastante separadas. É potencialmente problemático porque você tem diferentes classes no serviço. E a Polícia Civil, os seus delegados, são outra classe, são advogados, que não trabalharam no patrulhamento ostensivo antes de virar policiais civis. E há os promotores, que são completamente separados disso.
ZH – Nos EUA, o fato de haver uma polícia única ajuda?
Bratton – Temos um sistema em que todos começam como policiais de rua que podem subir na organização e se tornar um detetive, um supervisor, um oficial de comando, um comissário. Mas todos começam como policiais trabalhando nas ruas, e quase nunca se vê alguém que comanda um departamento de polícia que não tenha subido por essa hierarquia. No meu caso, por exemplo, em 1970 eu comecei como guarda, virei sargento, tenente, superintendente, comissário de polícia de Boston, depois comissário de Nova York e, mais recentemente, chefe de polícia de Los Angeles. No Brasil, isso não ocorre, e isso é problemático para ter um sistema de Justiça criminal que funcione.
ZH – Aqui as diferenças culturais são uma barreira?
Bratton – Há níveis educacionais diferentes. Alguns policiais civis têm diploma de Direito e, para ser um praça da Polícia Militar, você precisa de um diploma de Ensino Médio. Além disso, os oficiais e os chefes de polícia vêm, muitas vezes, de uma outra classe social. Há muitas diferenças de educação, de classe, profissionais. Nos EUA, detetives, praças, policiais e comandantes são parte da mesma organização. Essas são questões que precisam ser reconhecidas em uma tentativa de melhorar a coordenação, o compartilhamento de informação e inteligência. Começamos a fazer isso com algum sucesso em Fortaleza, mas então o contrato acabou e me tornei chefe de polícia em Los Angeles.
ZH – O senhor repetiria a experiência no Brasil?
Bratton – Estou muito interessado em voltar ao Brasil. O seu país passou por uma transformação fenomenal. Quando eu estive aí, sua economia estava lutando, as taxas criminais eram terríveis, mas agora vocês se tornaram a potência econômica da América do Sul. Vocês têm uma das economias mais fortes, o país está crescendo positivamente, e uma evidência disso é que vocês têm a Copa do Mundo e a Olimpíada. Isso demonstra ao mundo que vocês cresceram muito, mas o problema que vocês ainda enfrentam é a segurança pública.
ZH – Hoje o cenário é mais propício para mudar o quadro da segurança?
Bratton – Vocês têm hoje uma oportunidade crucial para os governos decidirem investir na infraestrura de segurança pública. Há uma grande oportunidade, com grande potencial de sucesso. Se vocês tiverem líderes dispostos a investir em segurança e a experimentar, vocês podem ter sucesso. Esta é a hora de o Brasil investir em segurança. Essa é a oportunidade, com a Olimpíada e a Copa do Mundo se aproximando, de mostrar o Brasil para o mundo.
ZH – Alguns dos problemas se referem a investimentos, como falta de pessoal, de equipamentos, baixos salários. Isso de fato é essencial para uma política de segurança eficiente?
Bratton – Nos EUA, temos uma expressão: você recebe pelo que paga. Se você não paga para ter policiais educados, motivados e honestos, você terá policiais sem educação, desmotivados e desonestos. Em Nova York, (Rudolph) Giuliani, e em Los Angeles, (Antonio) Villaraigosa, esses prefeitos entenderam a importância de aumentar a força policial, de investir em pagamento, equipamento e tecnologia. Agora que seu país está emergindo como potência econômica, tem mais riqueza do que tinha, assim como o Rio de Janeiro se prepara para a Olimpíada, precisa considerar investir bem mais dinheiro e recursos em segurança pública. Em uma democracia, a primeira obrigação de um governo é garantir a segurança pública.
ZH – O senhor citou o Rio de Janeiro...
Bratton – Li no New York Times uma reportagem muito interessante sobre o Rio de Janeiro. Para mim, é muito curioso porque é o que nós começamos a fazer em Nova York, em 1996. Tínhamos uma operação chamada Juggernaut. Nós usávamos milhares de policiais para tomar áreas dos traficantes de drogas e, uma vez que nós recuperávamos essas áreas, deixávamos muitos policiais na região para garantir que os traficantes não voltariam. Depois disso, passávamos para as áreas seguintes. Em um período de dois anos, atravessamos a cidade, reduzindo crimes. Como no Rio.
ZH – O senhor se refere às unidades de polícia pacificadora?
Bratton – Sim. Muitas áreas das suas cidades são deixadas à mercê dos grandes traficantes. A polícia não fica rotineiramente nelas. Geralmente usam forças de ataque quando entram, empregando muita violência, então vão embora e as gangues retomam o controle. No Rio, há um esforço não apenas para entrar, mas para permanecer. Mas isso exige muitos policiais e bons salários para que não se corrompam. É preciso haver otimismo sobre isso.
ZH – Havia otimismo em Nova York?
Bratton – Quando fui para Nova York, em 1994, ou para Los Angeles, em 2002, não havia muito otimismo nessas cidades de que poderiam fazer muito contra o crime, e elas fizeram. Nova York é hoje uma das cidades mais seguras do mundo, e a mais segura grande cidade americana. Los Angeles é a segunda cidade de grande porte mais segura dos EUA, depois de anos de domínio de gangues. Em Nova York, o crime vem caindo todo ano há 19 anos. Em Los Angeles, caiu durante todo o tempo em que estive lá. Então, sou um otimista, sou muito bom no que eu faço, seja quando sou o chefe de polícia ou quando presto consultoria a governos.
ZH – Há uma preocupação muito grande no país em encontrar uma saída para a violência.
Bratton – Você pode ter um emprego, mas se você tem medo de ser assaltado no caminho para casa, ou se você agora tem uma televisão, mas ela é roubada, ou se suas crianças ficam em perigo ao ir para a escola, mesmo que a sua condição econômica tenha melhorado, se a segurança pública não melhorou, você vai viver com medo. A melhora econômica precisa ser acompanhada por uma melhora dramática na segurança pública.
ZH – E isso não é automático?
Bratton – Não é automático. Tem de ser planejado, tem de ser apoiado, conduzido. Mas sou otimista a esse respeito.
Tolerância Zero
- Em meados dos anos 90, a cidade de Nova York – sob comando do prefeito Rudolph Giuliani (1994 a 2002) e do chefe de polícia William Bratton – tornou célebre a expressão Tolerância Zero para se referir à decisão de prender autores de crimes até então relevados, como pichadores.
- O programa foi inspirado na teoria das “janelas quebradas”, um famoso artigo de autoria de James Q. Wilson e George L. Kelling publicado na revista Atlantic Monthly, em 1982. O princípio é o de que, ao se tolerar uma pequena infração, seriam criadas as condições para a prática de crimes mais graves.
- Na verdade, essa era apenas parte de uma política mais abrangente que incluiu a implantação de um sistema informatizado de inteligência policial, o CompStat, capaz de cruzar dados de crimes e vítimas a fim de orientar a ação da polícia – até hoje em uso.
- O excesso de prisões, porém, acabou gerando críticas de alguns especialistas americanos pelo inchaço no sistema carcerário e pelo risco de estigmatização de uma grande parcela da população.
COMENTÁRIOS DO BENGOCHEA
Sobre a entrevista do Comissário Bratton com o Marcelo Gonzatto está em...
http://www.bengochea.com.br/detart.php?idg=2066
Sobre Tolerancia Zero e Carreira policial está na próxima postagem...
http://policiamentocomunitario.blogspot.com/2011/04/tolerancia-zero-e-carreira-unica.html
Xerife do Tolerância Zero afirma que é a hora de o Brasil investir em Segurança. William Bratton, ex-chefe de polícia de Nova York e Los Angeles, dá dicas para debelar o crime - Marcelo Gonzatto ZERO HORA 24/01/2010
O Brasil está diante de uma oportunidade histórica para derrotar o crime. Quem garante é o homem que pacificou duas metrópoles americanas – Nova York e Los Angeles.
Quando William Bratton, 62 anos, assumiu o comando da polícia nova-iorquina com a promessa de vencer a guerra contra os bandidos que matavam mais de 2 mil pessoas por ano, em 1994, poucos acreditaram no xerife da tática conhecida como Tolerância Zero. Mas ele conseguiu.
De 2002 ao final do ano passado, período em que chefiou os policiais de Los Angeles, repetiu a promessa. Igualmente a cumpriu, encolhendo as estatísticas de crime. As cidades, que estavam entre as mais violentas dos Estados Unidos, são hoje duas das mais seguras. Agora, o homem que recebeu o apelido de “top cop” (maior policial) americano volta seus olhos para o Brasil – e com otimismo.
Recém aposentado do serviço público e integrado à empresa americana de consultoria em segurança Altegrity, Bratton virá ao país para uma palestra entre março e abril, em São Paulo.
Ele garante que o crescimento econômico e a proximidade de eventos como a Copa do Mundo e a Olimpíada criam um momento único para revolucionar a segurança urbana.
Confira os principais trechos da entrevista de Bratton concedida a ZH, por telefone, de Nova York:
Zero Hora – O que o senhor mudaria em primeiro lugar no sistema brasileiro de segurança pública?
William Bratton – Passei por uma experiência no Brasil, em 2000, 2001 e 2002, quando estive trabalhando para o ex-governador (Tasso) Jereissati no Estado do Ceará, particularmente na cidade de Fortaleza. Tivemos algum sucesso reduzindo índices de criminalidade, e pude conhecer o seu sistema de Justiça criminal. Ele tem problemas em termos de falta de coordenação e colaboração entre os vários componentes. Às vezes devido à estrutura organizacional, às vezes porque há diferenças entre as organizações, e nem sempre há vontade de colaborar e se coordenar umas com as outras.
ZH – O fato de termos duas polícias faz parte disso?
Bratton – Sim, mas até mesmo se pegarmos apenas a Polícia Militar, por exemplo, os praças formam um grupo separado dos oficiais, são classes bastante separadas. É potencialmente problemático porque você tem diferentes classes no serviço. E a Polícia Civil, os seus delegados, são outra classe, são advogados, que não trabalharam no patrulhamento ostensivo antes de virar policiais civis. E há os promotores, que são completamente separados disso.
ZH – Nos EUA, o fato de haver uma polícia única ajuda?
Bratton – Temos um sistema em que todos começam como policiais de rua que podem subir na organização e se tornar um detetive, um supervisor, um oficial de comando, um comissário. Mas todos começam como policiais trabalhando nas ruas, e quase nunca se vê alguém que comanda um departamento de polícia que não tenha subido por essa hierarquia. No meu caso, por exemplo, em 1970 eu comecei como guarda, virei sargento, tenente, superintendente, comissário de polícia de Boston, depois comissário de Nova York e, mais recentemente, chefe de polícia de Los Angeles. No Brasil, isso não ocorre, e isso é problemático para ter um sistema de Justiça criminal que funcione.
ZH – Aqui as diferenças culturais são uma barreira?
Bratton – Há níveis educacionais diferentes. Alguns policiais civis têm diploma de Direito e, para ser um praça da Polícia Militar, você precisa de um diploma de Ensino Médio. Além disso, os oficiais e os chefes de polícia vêm, muitas vezes, de uma outra classe social. Há muitas diferenças de educação, de classe, profissionais. Nos EUA, detetives, praças, policiais e comandantes são parte da mesma organização. Essas são questões que precisam ser reconhecidas em uma tentativa de melhorar a coordenação, o compartilhamento de informação e inteligência. Começamos a fazer isso com algum sucesso em Fortaleza, mas então o contrato acabou e me tornei chefe de polícia em Los Angeles.
ZH – O senhor repetiria a experiência no Brasil?
Bratton – Estou muito interessado em voltar ao Brasil. O seu país passou por uma transformação fenomenal. Quando eu estive aí, sua economia estava lutando, as taxas criminais eram terríveis, mas agora vocês se tornaram a potência econômica da América do Sul. Vocês têm uma das economias mais fortes, o país está crescendo positivamente, e uma evidência disso é que vocês têm a Copa do Mundo e a Olimpíada. Isso demonstra ao mundo que vocês cresceram muito, mas o problema que vocês ainda enfrentam é a segurança pública.
ZH – Hoje o cenário é mais propício para mudar o quadro da segurança?
Bratton – Vocês têm hoje uma oportunidade crucial para os governos decidirem investir na infraestrura de segurança pública. Há uma grande oportunidade, com grande potencial de sucesso. Se vocês tiverem líderes dispostos a investir em segurança e a experimentar, vocês podem ter sucesso. Esta é a hora de o Brasil investir em segurança. Essa é a oportunidade, com a Olimpíada e a Copa do Mundo se aproximando, de mostrar o Brasil para o mundo.
ZH – Alguns dos problemas se referem a investimentos, como falta de pessoal, de equipamentos, baixos salários. Isso de fato é essencial para uma política de segurança eficiente?
Bratton – Nos EUA, temos uma expressão: você recebe pelo que paga. Se você não paga para ter policiais educados, motivados e honestos, você terá policiais sem educação, desmotivados e desonestos. Em Nova York, (Rudolph) Giuliani, e em Los Angeles, (Antonio) Villaraigosa, esses prefeitos entenderam a importância de aumentar a força policial, de investir em pagamento, equipamento e tecnologia. Agora que seu país está emergindo como potência econômica, tem mais riqueza do que tinha, assim como o Rio de Janeiro se prepara para a Olimpíada, precisa considerar investir bem mais dinheiro e recursos em segurança pública. Em uma democracia, a primeira obrigação de um governo é garantir a segurança pública.
ZH – O senhor citou o Rio de Janeiro...
Bratton – Li no New York Times uma reportagem muito interessante sobre o Rio de Janeiro. Para mim, é muito curioso porque é o que nós começamos a fazer em Nova York, em 1996. Tínhamos uma operação chamada Juggernaut. Nós usávamos milhares de policiais para tomar áreas dos traficantes de drogas e, uma vez que nós recuperávamos essas áreas, deixávamos muitos policiais na região para garantir que os traficantes não voltariam. Depois disso, passávamos para as áreas seguintes. Em um período de dois anos, atravessamos a cidade, reduzindo crimes. Como no Rio.
ZH – O senhor se refere às unidades de polícia pacificadora?
Bratton – Sim. Muitas áreas das suas cidades são deixadas à mercê dos grandes traficantes. A polícia não fica rotineiramente nelas. Geralmente usam forças de ataque quando entram, empregando muita violência, então vão embora e as gangues retomam o controle. No Rio, há um esforço não apenas para entrar, mas para permanecer. Mas isso exige muitos policiais e bons salários para que não se corrompam. É preciso haver otimismo sobre isso.
ZH – Havia otimismo em Nova York?
Bratton – Quando fui para Nova York, em 1994, ou para Los Angeles, em 2002, não havia muito otimismo nessas cidades de que poderiam fazer muito contra o crime, e elas fizeram. Nova York é hoje uma das cidades mais seguras do mundo, e a mais segura grande cidade americana. Los Angeles é a segunda cidade de grande porte mais segura dos EUA, depois de anos de domínio de gangues. Em Nova York, o crime vem caindo todo ano há 19 anos. Em Los Angeles, caiu durante todo o tempo em que estive lá. Então, sou um otimista, sou muito bom no que eu faço, seja quando sou o chefe de polícia ou quando presto consultoria a governos.
ZH – Há uma preocupação muito grande no país em encontrar uma saída para a violência.
Bratton – Você pode ter um emprego, mas se você tem medo de ser assaltado no caminho para casa, ou se você agora tem uma televisão, mas ela é roubada, ou se suas crianças ficam em perigo ao ir para a escola, mesmo que a sua condição econômica tenha melhorado, se a segurança pública não melhorou, você vai viver com medo. A melhora econômica precisa ser acompanhada por uma melhora dramática na segurança pública.
ZH – E isso não é automático?
Bratton – Não é automático. Tem de ser planejado, tem de ser apoiado, conduzido. Mas sou otimista a esse respeito.
Tolerância Zero
- Em meados dos anos 90, a cidade de Nova York – sob comando do prefeito Rudolph Giuliani (1994 a 2002) e do chefe de polícia William Bratton – tornou célebre a expressão Tolerância Zero para se referir à decisão de prender autores de crimes até então relevados, como pichadores.
- O programa foi inspirado na teoria das “janelas quebradas”, um famoso artigo de autoria de James Q. Wilson e George L. Kelling publicado na revista Atlantic Monthly, em 1982. O princípio é o de que, ao se tolerar uma pequena infração, seriam criadas as condições para a prática de crimes mais graves.
- Na verdade, essa era apenas parte de uma política mais abrangente que incluiu a implantação de um sistema informatizado de inteligência policial, o CompStat, capaz de cruzar dados de crimes e vítimas a fim de orientar a ação da polícia – até hoje em uso.
- O excesso de prisões, porém, acabou gerando críticas de alguns especialistas americanos pelo inchaço no sistema carcerário e pelo risco de estigmatização de uma grande parcela da população.
COMENTÁRIOS DO BENGOCHEA
Sobre a entrevista do Comissário Bratton com o Marcelo Gonzatto está em...
http://www.bengochea.com.br/detart.php?idg=2066
Sobre Tolerancia Zero e Carreira policial está na próxima postagem...
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sábado, 9 de abril de 2011
EMERGÊNCIA 190 - A VOZ DA SEGURANÇA
O serviço de EMERGÊNCIA 190 é um dos mais importantes do Estado na preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio. É a versão brasileira do Emergência 911 americano.
As Polícias Militares no Brasil instituíram o telefone 190 como de emergência instalados em Centros de Operações Policial Militar (COPOM)e Salas de Operações das unidades do Interior.
Mais tarde, alguns Estados concentraram no 190 as emergências da polícia civil, bombeiros, saúde, e outras demandas. No RS, foi criado o Centro Integrado de Operações de Segurança Pública para atender a região metropolina.
Antes, a pessoa precisava utilizar o telefone específico da organização para pedir ajuda, demandando um precioso tempo que as situações de emergência exigem e envolvem.
O serviço de Emergência 190 exige profissionais preparados para lidar com diversas situações de emergência e seus efeitos e reflexos envolvidos. Precisam decidir com rapidez, conhecimento teórico e prático e capacidade cognitiva para descrever corretamente o fato às unidades policiais, prever possíveis riscos e oportunidades de socorro e dar atenção às questões emocionais envolvidas nas ocorrências, repassando para telefones específicos aquelas que exigem o envolvimento de especialistas.
O EMERGÊNCIA 190 é a voz da segurança para casos de ocorrência de perigo, situação crítica, incidente, crime, conflito, perigo de morte, roubos, assaltos e outras ilicitudes onde a vítima, familiares, conhecidos ou testemunhas podem pedir o auxílio ou socorro do Estado. Por ser um contato emergencial não deve ser usado para trotes, para conversar ou para pedir algo sem urgência ou relevancia.
Com este texto, gostaríamos de agradecer ao pessoal do CIOSP - Metropolitano/ Porto Alegre, pela forma atenciosa e proativa na ajuda prestada para minha família na busca de meu filho maior que estava em pânico e desorientado em Porto Alegre, ao ter descido de um ônibus em local desconhecido. A dislexia e o déficit de atenção que carrega fomentam um estado emocional que dificultava o racional para que fosse possível acalmar, aconselhar e orientar para as placas indicativas de ruas. Acabou perto da noite numa praça deserta, o que aumentou ainda mais o pânico.
Tivemos que apelar para o 190. A capacidade dos profissionais que atuam no CIOSP mais o respeito à BM ensinado para o nosso filho restabeleceu a razão, algo que não tínhamos conseguido como pais. É a história do santo de casa que não faz milagre. Só com a intervenção positiva de uma policial militar que ali trabalha foi possível localizá-lo, depois de muita angústia e dificuldade na comunicação com ele, pelo estado emocional envolvido.
Parabéns a todos e muito obrigado.
EMERGÊNCIA 911
Haleyville, Alabama – 16 de Fevereiro de 1968
O texto que se segue é um resumo dos eventos relacionados à primeira chamada 911 (versão norte-americana do 190 brasileiro).
Antes de Alexander Graham Bell inventar o telefone, em 02 de junho de 1875, já existiam as “comunicações da segurança pública” nos EUA, ainda que restritas apenas aos chamados “town criers”. Os “town crier” eram um indivíduos que, em situações de emergência, caminhavam pelas ruas gritando por socorro. Nos EUA da década de 1950 já eram muito comuns as empresas privadas de telefonia. Se alguém necessitava da polícia tinha que discar o número específico da estação policial daquele local, ou, no caso de incêndio, chamar diretamente a instalação de bombeiros da localidade. Se fosse buscado um outro tipo de auxílio de emergência, através de uma instituição ou autoridade, o público discava o “zero” para ser atendido pela telefonista de informações, tendo de solicitar a ela o número daquela instituição ou pessoa buscada, discando tal número, a própria pessoa, logo em seguida.
Em 1958 o Congresso dos EUA começou a discutir acerca do estabelecimento de um número universal para as chamadas públicas de emergência, face a situação peculiar, já citada, envolvendo instituições privadas, e que emergira nesse importante setor de atendimento ao público. Na ocasião, juntaram-se a Comissão Presidencial para Assuntos Policiais (“President's Commission of Law Enforcement”) e a Comissão Federal de Telecomunicações (Federal Communications Commission), entabulando uma ampla discussão nacional acerca de qual seria o melhor número único para tal finalidade, sempre tendo em conta que ele teria de ser, ! primordialmente, de fácil memorização. Isso foi buscado, ainda mais intensamente, tendo em conta o número crescente de chamadas de emergência que continuavam sendo atendidas por telefonistas de empresas privadas de telefonia.
As pessoas em situações de emergência ficavam dependendo da disponibilidade da telefonista comercial de informações, muitas vezes aguardando por minutos preciosos, enquanto a “informações” atendia um outro usuário, via de regra numa situação ordinária de “auxílio à lista”. As empresas privadas, por sua vez, tinham que lidar com a difícil questão de estabelecer critérios acerca de como separar as chamadas de emergência, daquelas outras, comuns, acerca de pedidos ordinários de informação (auxílio à lista).
Por mais de dez anos essa questão foi discutida entre as instituições públicas interessadas... As organizações policiais entendiam que deveriam receber as chamadas de emergência, elas próprias, enquanto os bombeiros achavam que seria melhor que eles fizessem tal função. Até mesmo certos hospitais advogavam a prestação desse serviço.
A cidade de Haleyville, no Estado do Alabama, inaugurou o primeiro sistema 911 dos EUA, o qual ficaria baseado nas instalações da polícia da cidade. O porta-voz da vereança de Haleyville, Rankin Fite, fez a primeira chamada do 911, sendo respondido pelo deputado estadual Tom Bevill, que o contestou de um telefone vermelho brilhante instalado na estação de polícia local. Também testemunharam esse evento histórico o prefeito James Whitt, o presidente da comissão de serviços públicos Eugene (Bull) Connor e o presidente da empresa telefônica do Alabama, B. W. Gallagher. Foi assim que, em 16 de fevereiro de 1968, foi rea! lizada a primeira chamada 911.
Pode parecer que foi fácil o surgimento do serviço 911, mas tal não é verdade. O mérito do estabelecimento do serviço deve ser atribuído, basicamente, a Bill Frye, um jovem empresário de vinte poucos anos e que, à época, presidia a Associação Independente de Telefônicas do Alabama e Mississippi. Bill era extremamente técnico em assuntos de eletrônica, já tendo estabelecido várias bases telefônicas como parte de sua experiência profissional. Ele ficou interessado no estabelecimento do sistema 911 de Haleyville face o desafio técnico que a empreitada representava...
Nos primeiros estágios de desenvolvimento do projeto as pessoas da cidade não acreditavam que a polícia fosse capaz de realizar, a contento, o serviço de atendimento geral de emergência através do número 911. Os moradores de Haleyville, assim como alguns membros do Congresso, temiam que a municipalidade não tivesse pessoal qualificado para responder e encaminhar "todo e qualquer tipo de chamada de emergência". Quando as autoridades locais finalmente concordaram com Bill Frye em estabelecer o serviço e ele se colocou em contato com seu chefe direto, B.W.Gallagher, obtendo a devida permissão para implementar o projeto, Gal! lagher fez questão de alerta-lo para o fato de que estavam iniciando um projeto jamais realizado antes. Gallagher então indagou a Frye, "Se eu conseguir a aprovação do projeto pela Comissão Federal de Telecomunicações e tiver todos os interlocutores engajados, quanto tempo você levará para instalar o sistema?" Frye respondeu que tudo estaria pronto em aproximadamente uma semana...
Dr.George Felipe de Lima Dantas - Policia-br - Forum de discussão sobre Segurança Pública.
quinta-feira, 7 de abril de 2011
POLICIAL COMUNITÁRIA É PRESA POR ABANDONO DE POSTO
PM de Sergipe é presa por sair para fazer xixi - 07 de abril de 2011 - Antonio Carlos Garcia - O Estado de S.Paulo - ESPECIAL PARA O ESTADO, ARACAJU
A soldado da Polícia Militar de Sergipe, Ediana Barbosa de Oliveira, foi presa em flagrante pelo capitão Donald Antônio Araújo da Costa por ter se ausentado do serviço para fazer xixi em casa, a 200 metros dali. Detalhe: no posto de Polícia Comunitária onde ela trabalhava, em São Cristóvão, região metropolitana de Aracaju, não há banheiro nem alojamento feminino. O caso foi parar na Justiça Militar.
A prisão ocorreu no domingo à noite, por telefone. Visivelmente irritado, o capitão disse que Ediana abandonou o posto - um crime previsto no Código Militar - e por isso seria presa.
A militar foi levada para o Presídio Militar (Presmil), mas, como não há alojamento feminino no local, foi transferida para o Quartel do Comando Geral (QCG), no centro de Aracaju. Anteontem, saiu depois de um habeas corpus pedido pela Associação Integrada de Mulheres da Segurança Pública de Sergipe.
Ontem, Ediana voltou ao trabalho, mas em outra unidade. A presidente da associação, Svetlana Barbosa da Silva, disse que a tropa está indignada com o caso. Já Donald informou, por meio da Assessoria de Comunicação da PM, que apenas cumpriu o previsto no Regime Disciplinar do Exército (RDE), usado pela polícia sergipana.
COMENTÁRIO DO BENGOCHEA - Este caso deveria ser bem analisado. Como especialista em policiamento comunitário defendo a interação do policial junto a comunidade nas 24 horas do dia, especialmente se ele morar na comunidade. Esta interação relaciona o posto policial com o local de trabalho (a comunidade e não com o imóvel onde ele fica), mais autonomia de decisão, resposta rápida caso procurado e maior confiança entre policiais e entre policiais e comunidade. Assim caem muitos paradigmas, inclusive este que foi considerado pelo oficial supervisor como abandono de posto. O que não deveria ocorrer neste caso, já que a policial estava atuando dentro da filosofia do policiamento comunitário. A não ser que existem outros fatos relevantes para a decisão do Oficial.
A soldado da Polícia Militar de Sergipe, Ediana Barbosa de Oliveira, foi presa em flagrante pelo capitão Donald Antônio Araújo da Costa por ter se ausentado do serviço para fazer xixi em casa, a 200 metros dali. Detalhe: no posto de Polícia Comunitária onde ela trabalhava, em São Cristóvão, região metropolitana de Aracaju, não há banheiro nem alojamento feminino. O caso foi parar na Justiça Militar.
A prisão ocorreu no domingo à noite, por telefone. Visivelmente irritado, o capitão disse que Ediana abandonou o posto - um crime previsto no Código Militar - e por isso seria presa.
A militar foi levada para o Presídio Militar (Presmil), mas, como não há alojamento feminino no local, foi transferida para o Quartel do Comando Geral (QCG), no centro de Aracaju. Anteontem, saiu depois de um habeas corpus pedido pela Associação Integrada de Mulheres da Segurança Pública de Sergipe.
Ontem, Ediana voltou ao trabalho, mas em outra unidade. A presidente da associação, Svetlana Barbosa da Silva, disse que a tropa está indignada com o caso. Já Donald informou, por meio da Assessoria de Comunicação da PM, que apenas cumpriu o previsto no Regime Disciplinar do Exército (RDE), usado pela polícia sergipana.
COMENTÁRIO DO BENGOCHEA - Este caso deveria ser bem analisado. Como especialista em policiamento comunitário defendo a interação do policial junto a comunidade nas 24 horas do dia, especialmente se ele morar na comunidade. Esta interação relaciona o posto policial com o local de trabalho (a comunidade e não com o imóvel onde ele fica), mais autonomia de decisão, resposta rápida caso procurado e maior confiança entre policiais e entre policiais e comunidade. Assim caem muitos paradigmas, inclusive este que foi considerado pelo oficial supervisor como abandono de posto. O que não deveria ocorrer neste caso, já que a policial estava atuando dentro da filosofia do policiamento comunitário. A não ser que existem outros fatos relevantes para a decisão do Oficial.
quarta-feira, 6 de abril de 2011
POLÍCIA COMUNITÁRIA E COMUNIDADE SEM POLÍCIA
Já houve tempos de polícia comunitária em Porto Alegre. Nos anos 60 e 70, eram comuns os postos policiais espalhados pela cidade, assim como os brigadianos, transitando pelas ruas, conversavam com as pessoas e ajudavam-nas, fazendo parte do cenário da capital.
Não havia distinção de comunidades. Eles estavam nas ruas e nos postos policiais, em todas as comunidades enfim, pouco importando se ricas ou pobres, se centrais ou periféricas, se comerciais ou residenciais. Quem necessitasse de ajuda não precisava andar muito. Em qualquer ponto da cidade encontrava-se um policial a quem recorrer. Toda a Brigada era comunitária porque este conceito assim define qualquer polícia, afinal, ela trata com as comunidades e as integra.
Os tempos mudaram e mudou a Brigada. Os postos policiais desapareceram e os poucos brigadianos que são vistos nas ruas estão restritos às áreas comerciais e bancárias e apenas nos horários de funcionamento de tais estabelecimentos.
O conceito de polícia comunitária também se modificou. A polícia, que deveria ser comunitária na sua totalidade e tratar sem distinções todo e qualquer cidadão, dividiu-se em polícia comunitária e polícia que não é comunitária. A primeira passou a ser considerada aquela que atua nas comunidades mais necessitadas e abandonadas pelo poder público. Por esta razão, desviou-se das suas missões constitucionais para atuar também em áreas como a saúde, a assistência social e a educação, dentre outras, chegando a haver, inclusive, ênfase nestas tarefas em detrimento do que é inerente à atividade policial. Acabou substituindo órgãos especializados que deveriam estar presentes para atendê-las nestes setores. Enquanto isto, as demais comunidades que não se enquadram em tal grau de necessidade, não porque o poder público esteja presente, mas porque possuindo algum recurso suprem-se particularmente naquilo em que o Estado falha - o que não é pouco - transformaram-se em comunidades sem polícia. O policial que antigamente transitava sorridente pelas ruas e praças, independente da classe social do bairro, que conversava, cumprimentava e até discutia futebol com os moradores e os conhecia pelo nome, virou raridade, se é que ainda existe.
Nestes tempos em que novo governo se assentou no Estado, bom seria que o conceito de polícia comunitária fosse novamente revisto, para voltar ao valor de antigamente. Que a saúde, a assistência social e outras necessidades fiquem ao encargo dos órgãos ligados às respectivas áreas afins, redistribuindo-se a polícia em todos os lugares para exercer suas missões constitucionais de efetivamente proteger as comunidades indistintamente.
Quem sabe voltemos a ver novamente o brigadiano alegre e sorridente próximo de nós. E o que é mais importante, conhecê-lo e chamá-lo pelo nome.
Alberto Afonso Landa Camargo, Coronel RR da Brigada Militar; Professor. DIRETO DO AUTOR.
COMENTÁRIO DO BENGOCHEA - A crítica do Cel Afonso revela a verdadeira face de uma política de policiamento ostensivo mascarada pela oratória dos comandos e descaso dos governantes e desmascarada pela prática e pelo descrédito da sociedade. Fala-se em policiamento comunitário, mas policiais, os moradores e comerciantes nem se conhecem. Fala-se em policiamento comunitário com a ausência do policiamento das ruas, descumprindo princípios da permanência, das relações constantes, da aproximação e do comprometimento com o local de trabalho. Fala-se em policiamento comunitário com policiais despreparados, desmotivados e executando patrulhamento motorizado de forma impessoal, em deslocamentos contínuos e sob coordenação de uma central única, sem controle do seu comandante imediato. Fala-se em policiamento comunitário como se fosse um programa midiático e sem finalidade. Quando questionados, respondem que não há efetivos para atender a demanda.
Está certo o Afonso. Deveriam voltar-se para os manuais antigos e lá poderiam verificar que constam a maioria dos princípios apregoados pelo policiamento comunitário, faltando apenas efetivos para atender as demandas nas periferias. As estratégias de policiamento ostensivo visam muito mais a repressão do que a prevenção, e priorizam mais o atendimento de ocorrências do que compromisso com a local de trabalho. Assim, a maioria dos investimentos recai sobre viaturas e mais viaturas, ao invés de valorizarem o patrulhamento a pé, o salário dos agentes policiais e efetivos suficientes, bem formados e capacitados para atender a demanda.
As consequências são evidentes:
As viaturas desaparecem...
Os salários envergonham a capacidade e o risco...
E os efetivos encolhem pelos desvios e desmotivação...
Não havia distinção de comunidades. Eles estavam nas ruas e nos postos policiais, em todas as comunidades enfim, pouco importando se ricas ou pobres, se centrais ou periféricas, se comerciais ou residenciais. Quem necessitasse de ajuda não precisava andar muito. Em qualquer ponto da cidade encontrava-se um policial a quem recorrer. Toda a Brigada era comunitária porque este conceito assim define qualquer polícia, afinal, ela trata com as comunidades e as integra.
Os tempos mudaram e mudou a Brigada. Os postos policiais desapareceram e os poucos brigadianos que são vistos nas ruas estão restritos às áreas comerciais e bancárias e apenas nos horários de funcionamento de tais estabelecimentos.
O conceito de polícia comunitária também se modificou. A polícia, que deveria ser comunitária na sua totalidade e tratar sem distinções todo e qualquer cidadão, dividiu-se em polícia comunitária e polícia que não é comunitária. A primeira passou a ser considerada aquela que atua nas comunidades mais necessitadas e abandonadas pelo poder público. Por esta razão, desviou-se das suas missões constitucionais para atuar também em áreas como a saúde, a assistência social e a educação, dentre outras, chegando a haver, inclusive, ênfase nestas tarefas em detrimento do que é inerente à atividade policial. Acabou substituindo órgãos especializados que deveriam estar presentes para atendê-las nestes setores. Enquanto isto, as demais comunidades que não se enquadram em tal grau de necessidade, não porque o poder público esteja presente, mas porque possuindo algum recurso suprem-se particularmente naquilo em que o Estado falha - o que não é pouco - transformaram-se em comunidades sem polícia. O policial que antigamente transitava sorridente pelas ruas e praças, independente da classe social do bairro, que conversava, cumprimentava e até discutia futebol com os moradores e os conhecia pelo nome, virou raridade, se é que ainda existe.
Nestes tempos em que novo governo se assentou no Estado, bom seria que o conceito de polícia comunitária fosse novamente revisto, para voltar ao valor de antigamente. Que a saúde, a assistência social e outras necessidades fiquem ao encargo dos órgãos ligados às respectivas áreas afins, redistribuindo-se a polícia em todos os lugares para exercer suas missões constitucionais de efetivamente proteger as comunidades indistintamente.
Quem sabe voltemos a ver novamente o brigadiano alegre e sorridente próximo de nós. E o que é mais importante, conhecê-lo e chamá-lo pelo nome.
Alberto Afonso Landa Camargo, Coronel RR da Brigada Militar; Professor. DIRETO DO AUTOR.
COMENTÁRIO DO BENGOCHEA - A crítica do Cel Afonso revela a verdadeira face de uma política de policiamento ostensivo mascarada pela oratória dos comandos e descaso dos governantes e desmascarada pela prática e pelo descrédito da sociedade. Fala-se em policiamento comunitário, mas policiais, os moradores e comerciantes nem se conhecem. Fala-se em policiamento comunitário com a ausência do policiamento das ruas, descumprindo princípios da permanência, das relações constantes, da aproximação e do comprometimento com o local de trabalho. Fala-se em policiamento comunitário com policiais despreparados, desmotivados e executando patrulhamento motorizado de forma impessoal, em deslocamentos contínuos e sob coordenação de uma central única, sem controle do seu comandante imediato. Fala-se em policiamento comunitário como se fosse um programa midiático e sem finalidade. Quando questionados, respondem que não há efetivos para atender a demanda.
Está certo o Afonso. Deveriam voltar-se para os manuais antigos e lá poderiam verificar que constam a maioria dos princípios apregoados pelo policiamento comunitário, faltando apenas efetivos para atender as demandas nas periferias. As estratégias de policiamento ostensivo visam muito mais a repressão do que a prevenção, e priorizam mais o atendimento de ocorrências do que compromisso com a local de trabalho. Assim, a maioria dos investimentos recai sobre viaturas e mais viaturas, ao invés de valorizarem o patrulhamento a pé, o salário dos agentes policiais e efetivos suficientes, bem formados e capacitados para atender a demanda.
As consequências são evidentes:
As viaturas desaparecem...
Os salários envergonham a capacidade e o risco...
E os efetivos encolhem pelos desvios e desmotivação...
CIDADE DÁ EXEMPLO DE INTEGRAÇÃO POLICIAL
Farroupilha dá exemplo de integração. Polícia Civil e Brigada Militar formam parceria que acelera apurações e amplia número de capturas - ANDREI ANDRADE, ZERO HORA 06/04/2011
A Polícia Civil e a Brigada Militar superam a rivalidade e servem de modelo de integração em Farroupilha, na Serra. Com as ações conjuntas, os dois órgãos poupam esforços, aceleram investigações e põem mais criminosos atrás das grades. Só em 2010, o município registrou um aumento de 25% no número de prisões de foragidos.
Afórmula é simples. Diariamente, policiais militares e civis se reúnem na sede da delegacia ou do batalhão, para compartilhar e cruzar informações obtidas em investigações. A troca permite o direcionamento de ações preventivas e cumprimento de mandados de forma mais ágil.
– Uma corporação não faz o trabalho da outra. Enquanto o setor de inteligência da BM atua na busca de informações, o trabalho da Polícia Civil é procurar provas. Acaba acontecendo que, muitas vezes, a apuração de um é a peça-chave para concluir a investigação do outro – observa a delegada Roberta Bertoldo da Silva.
Desde o início da parceria, em maio, já foram solucionados casos de roubos de veículo, apreensões de carga e tráfico que, segundo o coronel Leonel Bueno, teriam sido muito mais lentas se não fosse a integração.
– Ao mesmo tempo em que toda a investigação da Brigada tem seu fim nas ações da Polícia Civil, o trabalho da Civil depende muito da busca de informações que fazemos – diz Bueno.
Delegada propôs parceria
As atividades conjuntas entre Brigada Militar e Polícia Civil tiveram início em maio do ano passado, quando Roberta da Silva assumiu a Delegacia da Polícia Civil do município de 63 mil habitantes. Egressa de um curso de formação de escrivãs que reuniu agentes civis e militares na mesma sala de aula, Roberta observou a possibilidade de unir esforços. Propôs então a ideia ao comandante do 36º Batalhão da Polícia Militar, o coronel Leonel Bueno, que mostrou compartilhar da mesma convicção. Em duas semanas, as unidades já trabalhavam em sintonia.
A delegada acredita que um dos principais obstáculos a ser superado para expandir o exemplo a outros municípios é a vaidade na Brigada Militar e na Polícia Civil.
– É preciso consciência de que somos todos servidores públicos, e que o público não quer saber se o caso foi resolvido por A ou B. Quer a solução. E os comandantes, em cada cidade, precisam estar cientes de que o trabalho conjunto é mais eficiente e produtivo para a sociedade – afirma a delegada.
COMENTÁRIO DO BENGOCHEA - Nada como um bom exemplo destes para acreditar em integração policial entre forças estaduais tão diferentes, rivais e distantes. Nada como uma mesa para colocar problemas gerais e próprios de cada instituição num ambiente localizado onde as instituições são responsáveis pela preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio. Pena que não existe um sistema para definir objetivos, estratégias, tarefas, condutas e ações comuns entre as polícias.
É uma pena os representantes do Judiciário, do Ministério Público e da Defensoria não se envolverem nestas reuniões integradas, pois são eles que dão continuidade ao trabalho policial.
Infelizmente, as secretarias de segurança mais estimulam os conflitos e o partidarismo do que a integração e valorização policial num sistema otimizado. Valeu o exemplo dado pelos policiais de Farroupilha-RS.
terça-feira, 5 de abril de 2011
PES - IMPLEMENTAÇÃO DA PROPAGANDA E MARKETING
Estamos divulgando a sétima e última planilha de um modelo de Plano Estratégico Situacional (PES)para uma Corporação Policial Militar em que esteja inserido os aparatos policial, de bombeiros e de saúde. Serão mostrados sete objetivos estratégicos. Como é modelo, pode servir para alterações, correções e críticas.
O primeiro - Incremento da Manutenção e dos Investimentos
O segundo - Desenvolvimento da Gestão Operacional
O terceiro - Desenvolvimento do Potencial Humano
O quarto - Otimização da Gestão Administrativa
O quinto - Potencialização dos aspectos filosóficos.
O sexto - Promoção da Cidadania e do Civismo
OBJETIVO ESTRATÉGICO - Implementação da Propaganda e Marketing
1. Desenvolver o Sistema de Comunicação, Propaganda e Marketing na Instituição
- Constituir equipe especializada que operacionalize a propaganda e o marketing na Instituição;
- Propiciar um relacionamento aproximado com os veículos de comunicação;
- Proporcionar uma assessoria especializada de comunicação social também nos Comandos Regionais;
- Propiciar a instalação de estúdio de gravação, fotografia e filmagem;
- Possibilitar a implementação de um veículo de difusão do pensamento e das estratégias preventivas da Instituição;
- Possibilitar a construção de instrumentos para levar o conhecimento aos servidores que estão mais afastados.
2. Desenvolver programas, peças e instrumentos de conhecimento e publicidade
- Estabelecer ações para firmar a marca da Instituição junto à comunidade;
- Desenvolver ações para firmar o lema, a visão, a missão, os princípios básicos e os objetivos institucionais junto aos servidores da Instituição e à comunidade;
- Difundir a história da Instituição junto aos servidores e comunidade;
- Propiciar utilizar o Memorial e o Museu da Instituição e das Unidades o Museu como pontos turísticos e históricos;
- Promover relações e intercâmbio com veículos de comunicação e propaganda.
3. Valorizar e dar publicidade à tradição, aos vultos históricos, às datas comemorativas, aos fatos relevantes e de bravura, às ações comunitárias e ao conhecimento produzido pelos Servidores da Instituição
- Estabelecer importância para os trabalhos científicos desenvolvidos nos cursos da realizados pela Academia de Polícia Militar, Escolas e Instituto de pesquisas;
- Tornar públicos os trabalhos científicos produzidos na Instituição;
- Estimular os servidores a participarem de concursos e eventos culturais;
- Valorizar os trabalhos de estudo elaborados pelos servidores da Instituição;
- Difundir os trabalhos comunitários produzidos e desenvolvidos pela Instituição;
- Difundir a história, os vultos históricos, as datas comemorativas e os fatos relevantes e de bravura da Instituição e das Unidades locais;
- Dar publicidade às ações comunitárias desenvolvidas pela Instituição e Unidades locais;
- Transmitir a importância do agente policial na preservação da ordem pública e para segurança da comunidade e do cidadão local;
- Enaltecer a importância da confiança e envolvimento do cidadão para a eficácia policial na preservação da PAZ SOCIAL.
domingo, 3 de abril de 2011
PES - PROMOÇÃO DA CIDADANIA E DO CIVISMO
Estamos divulgando um modelo de Plano Estratégico Situacional (PES)para uma Corporação Policial Militar em que esteja inserido os aparatos policial, de bombeiros e de saúde. Serão mostrados sete objetivos estratégicos. Como é modelo, pode servir para alterações, correções e críticas.
O primeiro - Incremento da Manutenção e dos Investimentos
O segundo - Desenvolvimento da Gestão Operacional
O terceiro - Desenvolvimento do Potencial Humano
O quarto - Otimização da Gestão Administrativa
O quinto - Potencialização dos aspectos filosóficos.
OBJETIVO ESTRATÉGICO - Promoção da Cidadania e do Civismo
1. Constituir ouvidorias e implementar as corregedorias regionais
- Oferecer maior transparência aos feitos administrativos;
- Desonerar os OPM de proceder IPM e Sindicâncias;
- Abrir canal de transmissão dos reclames do cidadão;
- Aumentar a capacidade investigativa para colher materialidade da denúncia;
- Oferecer maior interação da Instituição com a comunidade.
2. Organizar a comunidade para identificar as causas e buscar a solução para os problemas relacionados à segurança pública.
- Propiciar a busca de subsídios para o planejamento da atividade operacional;
- Promover a discussão dos problemas de segurança na própria comunidade;
- Propiciar o envolvimento da comunidade em atividades preventivas;
- Buscar e estimular a participação comunitária no planejamento e avaliação da prestação de serviços;
- Atender a demanda da população reduzindo os pontos de conflito;
- Propiciar a participação das associações de servidores na implementação das políticas do comando;
- Estimular a cooperação mútua;
- Propiciar a criação de conselhos multidisciplinares de Segurança;
- Participar de audiências públicas, fóruns e conferências.
3. Adotar ações de auxílio aos programas sociais
- Promover o comprometimento da Instituição com o aspecto social da violência;
- Inserir a Instituição na participação de programas de reabilitação;
- Inserir a Instituição na participação de programas contra o consumo de drogas e a prática de atos infracionais;
- Implementar ações de prevenção e proteção contra incêndio e ações de defesa civil;
- Consolidar a função preventiva e reduzir o estigma da polícia repressiva;
4. Implementar programas, estratégias e ações de cidadania e civismo
- Intensificar, em todos os níveis, o Programa de Civismo e Cidadania;
- Organizar eventos distritais em conjunto com a associação de moradores, voltados á cidadania e civismo envolvendo segmentos policiais, defesa civil, justiça, defensoria pública, ministério público, clubes de serviço, assistencia social, saúde, educação, cultura e outros;
- Manter oficinas educativas voltadas à prevenção de drogas, golpes e outros delitos;
- Elaborar cartilhas para educar, prevenir e colaborar com a justiça e aparato policial.
ÚLTIMO - Implementação da Propaganda e Marketing
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