O Policiamento Comunitário ou de Proximidade é um tipo de policiamento ostensivo que emprega efetivos e estratégias de aproximação, ação de presença, permanência, envolvimento com as questões locais, comprometimento com o local de trabalho e relações com as comunidades, objetivando a garantia da lei, o exercício da função essencial à justiça e a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do do patrimônio. A Confiança Mútua é o elo entre cidadão e policial, entre a comunidade e a força policial, entre a população e o Estado.
segunda-feira, 27 de setembro de 2010
TECNOLOGIA PARA PREVER ATAQUES E IDENTIFICAR CRIMINOSOS
Viaturas e fardas de PMs terão câmeras para prever ataques e identificar suspeitos - O Dia, 27/09/2010 - POR BEATRIZ SALOMÃO
Rio - A Polícia Militar vai ganhar aliada no combate à violência do Rio de Janeiro: a tecnologia. Patrulhas serão equipadas com modernas câmeras, capazes de prever ataques e identificar bandidos até no escuro. As imagens serão transmitidas a uma tela instalada no painel do carro e ao batalhão. Além dos carros, PMs terão, acopladas à farda, microcâmeras que enviarão imagens das operações em tempo real. O modelo de ‘patrulha high tech’ será implantado ano que vem.
Nas viaturas, serão três câmeras, nas partes dianteira, traseira e no interior do veículo. Um microfone captará o áudio. O orçamento estimado para equipar as 2 mil viaturas do estado gira em torno de R$ 75 milhões. O projeto, em estudo há um ano, foi testado pelo Bope, pelos batalhões do Méier e de Botafogo e em ações nos morros do Andaraí e Turano, na Grande Tijuca.
Além de um poderoso zoom, com capacidade de aproximação de pelo menos 500 metros, as câmeras terão infravermelho (para gravação noturna) e luzes especiais que focam o suspeito sem que ele perceba. Haverá ainda um dispositivo que permite a captação de imagens por trás do insulfilm de um carro.
Para o major Fábio Cajueiro, chefe do Centro de Comunicação e Informática da PM, a tecnologia reduz as chances de erro e aumenta a segurança dos policiais. As câmeras poderão ainda fiscalizar o comportamento dos PMs nas abordagens. Segundo o major, a previsão é de que o projeto comece pelo Bope e nas Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs).
“Com a câmera, o policial vai poder captar a imagem do suspeito e enviar à central para confirmar se é bandido. Reduziremos a chance de confundir objetos com armas e poderemos prever emboscadas e pedir reforços. Visitamos seis países da Europa, além de Israel, para pesquisar tecnologia. Todas as viaturas terão câmeras, porém as mais modernas ficarão apenas em algumas”, declara.
Pelos computadores de bordo no painel do carro — previstos para serem instalados no início de 2011 —, o policial poderá acessar o banco de dados da Secretaria de Segurança para obter para a identificação de suspeitos, pequenos vídeos, mapas e até um recurso de tradução simultânea para contato com estrangeiros. De acordo com o major, é provável que as imagens sejam transmitidas aos batalhões e a outras viaturas por meio do sinal de celular, pois não é possível instalar um link fixo ou cabo de fibra ótica nos carros. As dificuldades, porém, são o armazenamento de grande fluxo de dados e a ausência de um programa de buscas no banco de imagens que vai se formar.
Hoje, há dois micro-ônibus da PM que funcionam como Centro de Controle Móvel e operam com câmeras externas e três computadores de bordo. Apesar de não serem blindados, são usados pelo Bope durante operações de implantação das UPPs, por exemplo. “Queremos um software que sinalize anomalias dentro do carro, como um PM baleado e caído no banco ou alguém não fardado. Sinais seriam emitidos e acionariam o batalhão. Aproveitamos a lei para desenvolver o novo esquema de patrulha”, explica. Em dezembro, entrou em vigor lei do do deputado estadual Gilberto Palmares (PT), que exige câmeras nas viaturas. O projeto foi vetado pelo governador Sérgio Cabral, mas a Alerj derrubou o veto.
Batalhões terão mais 267 locais de vigilância
Até o fim do ano, 267 câmeras de monitoramento da PM serão instaladas em ruas na área dos batalhões de Benfica (22º BPM), Tijuca (6º), Rocha Miranda (9º) e Bangu (14º). A escolha considerou taxa de criminalidade e recursos tecnológicos na região, além de população e presença de escolas e hospitais. A medida custará R$ 14 milhões. “Não podemos revelar a quantidade de câmeras, mas teremos redução da criminalidade nestas áreas”, prevê o superintendente de Comando e Controle da Secretaria de Segurança, coronel Almeida Neto.
Em Niterói e Copacababa, o investimento terá ajuda de empresários. As imagens vão para o batalhão e para o Sistema de Comando de Controle, na Secretaria de Segurança. Com 100% da orla monitorada, o ‘Big Brother’ de Copa não raro flagra cenas de sexo na praia.
Atuação mesmo de folga e à paisana
Mesmo de folga e à paisana, policiais militares poderão atuar em ocorrências. Cada PM deverá ganhar um celular, equipado com GPS, para receber mensagens sobre operações ou crimes que estejam ocorrendo no bairro onde ele estiver. A previsão é de que, já no próximo ano, eles recebam os aparelhos.
Segundo o major Cajueiro, a intenção é que os PMs possam colaborar com informações e até mesmo se proteger de possíveis ataques. Os militares não serão obrigados a atuar na ocorrência, sobretudo, aqueles que não estiverem armados. “Os celulares só poderão se comunicar com o batalhão. Para o criminoso, complica, porque aumenta a chance de ele ser identificado”, disse.
COMENTÁRIO DO BENGOCHEA - COMO TODA TECNOLOGIA, POR MAIS AVANÇADA QUE SEJA, PRECISA DO POTENCIAL HUMANO PARA FUNCIONAR, É NECESSÁRIO INVESTIR TAMBÉM EM SALÁRIOS MAIS DIGNOS E DE ACORDO COM O RISCO DE VIDA, COM A MOTIVAÇÃO E COM O PREPARO TÉCNICO, FÍSICO E PSICOLÓGICO QUE ENVOLVEM O TRABALHO DESTES PROFISSIONAIS.
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