PLANOS DA SEGURANÇA. Brigada Militar atacará tráfico perto de escolas. Combate ao crime receberá atenção especial do novo comandante de policiamento da Capital
CARLOS WAGNER
O novo comandante do Policiamento da Capital (CPC), coronel Alfeu Freitas Moreira, 47 anos, reuniu-se com os seus comandados, ontem, no 9º Batalhão de Polícia Militar (9º BPM). Em poucas palavras, definiu a linha de atuação da sua gestão. O combate aos homicídios, ao tráfico de drogas, ao roubo em postos de combustíveis e àqueles pequenos delitos que incomodam a população, como a atuação dos flanelinhas, está entre os objetivos.
Um crime em especial vai merecer atenção do coronel Freitas: os traficantes que agem ao redor das escolas. Segundo o novo comandante, muito mais do que reforçar o policiamento ostensivo é necessário entrar na escola para contar aos alunos que os heróis são os policiais militares e não os bandidos. Alerta que as carências da corporação não podem ser desculpa para não prestar um bom serviço à população.
Freitas, nascido em família de PMs, afirma que é preciso trabalhar com os recursos à disposição de maneira eficiente. Uma das medidas será orientar a ação do policiamento ostensivo com informações conseguidas na análise das ocorrências policiais.
No currículo do coronel, consta o comando do 9º BPM e o Serviço de Inteligência da BM, conhecido como P2. Na unidade, cultivou o trabalho em conjunto com a Polícia Civil e a Polícia Federal (PF), um prática que pretende manter no novo posto.
ENTREVISTA.
“Somos pagos para desconfiar”. Coronel Alfeu Freitas Moreira comandante do CPC
Zero Hora – Como será sua gestão?
Alfeu Freitas Moreira – Todos os brigadianos envolvidos no patrulhamento, a pé ou motorizado, têm de trabalhar visando a obter resultado. O bandido não muda de profissão. Muda de área de atuação sempre que é acossado pela polícia. O comandante da unidade precisa acompanhar essa movimentação pelas ocorrências e direcionar o policial militar para o foco do problema.
ZH – No passado, os PMs andavam em duplas. Eram conhecidos como Pedro & Paulo. O senhor vai ressuscitá-los?
Freitas – Eles não precisam andar em duplas, como antigamente. Há locais na cidade em que a presença do policial a pé é fundamental, como nas grandes avenidas onde há comércio e aglomeração de pessoas. Mas o brigadiano não pode estar ali por estar. Mas estar atento ao que acontece ao seu redor e agir nas situações que considera suspeitas. Sempre digo uma coisa: nós somos pagos para desconfiar. E sempre que desconfiamos, nós devemos fazer abordagem, dentro da técnica. Não podemos esperar que algo de ruim aconteça para agir.
ZH – Qual é o maior problema de segurança na cidade?
Freitas – É o homicídio. Há pessoas equivocadas que falam que é bandido matando bandido. Para nós não interessa. Trata-se de um crime violento que espalha ao seu redor uma sensação de insegurança muito grande.Grande parte das mortes é de dívida de drogas. Somos policiais ostensivos e devemos agir preventivamente, desarmando os bandidos e estando presente nos locais conflituados.
ZH – Esta ação contra os traficantes vai ser em parceria com a Polícia Civil?
Freitas – A parceria com a Civil é fundamental. Todos os subsídios que nós recolhemos nesses locais conflituados são passados para eles.
ZH – Entre os grandes problemas da cidade estão os roubos de veículos, a postos de combustíveis e pequenos mercados. Como vocês vão agir?
Freitas – Esses crimes estão sendo monitorados. Todos os dias, a ação dos nossos policiais deverá estar focada naquele crime que está em alta. Agora, por exemplo, temos o roubo a posto de combustível (os ataques cresceram 76% nos cinco primeiros meses de 2012 no Estado). Já temos uma estratégia em prática para resolver o problema. Resolvido o problema, os bandidos vão migrar para outro tipo de ação. Eles vão nos encontrar lá.
ZH – São de conhecimento público as carências da corporação. Elas podem comprometer o seu plano?
Freitas – Ouço isso há anos. Temos que nos organizar com os recursos que temos à disposição e usá-los de maneira eficiente a serviço da população. A eficiência tem como coluna mestre o comandante da unidade, que deve orientar os seus homens. E não deixá-los sair do quartel sem rumo.
ZH – Como será feita a repressão aos traficantes que ficam nas portas das escolas?
Freitas – É um problema complexo, para o qual a nossa abordagem não será apenas no policiamento ostensivo. Nós precisamos ir à escola contar aos jovens que nós somos os heróis. Não podemos deixar que a cabeça do estudante seja ocupada pela conversa do traficante.
ZH – E os flanelinhas?
Freitas – Os flanelinhas abusados viraram um incômodo. Vamos agir.
Zero Hora – Como será sua gestão?
Alfeu Freitas Moreira – Todos os brigadianos envolvidos no patrulhamento, a pé ou motorizado, têm de trabalhar visando a obter resultado. O bandido não muda de profissão. Muda de área de atuação sempre que é acossado pela polícia. O comandante da unidade precisa acompanhar essa movimentação pelas ocorrências e direcionar o policial militar para o foco do problema.
ZH – No passado, os PMs andavam em duplas. Eram conhecidos como Pedro & Paulo. O senhor vai ressuscitá-los?
Freitas – Eles não precisam andar em duplas, como antigamente. Há locais na cidade em que a presença do policial a pé é fundamental, como nas grandes avenidas onde há comércio e aglomeração de pessoas. Mas o brigadiano não pode estar ali por estar. Mas estar atento ao que acontece ao seu redor e agir nas situações que considera suspeitas. Sempre digo uma coisa: nós somos pagos para desconfiar. E sempre que desconfiamos, nós devemos fazer abordagem, dentro da técnica. Não podemos esperar que algo de ruim aconteça para agir.
ZH – Qual é o maior problema de segurança na cidade?
Freitas – É o homicídio. Há pessoas equivocadas que falam que é bandido matando bandido. Para nós não interessa. Trata-se de um crime violento que espalha ao seu redor uma sensação de insegurança muito grande.Grande parte das mortes é de dívida de drogas. Somos policiais ostensivos e devemos agir preventivamente, desarmando os bandidos e estando presente nos locais conflituados.
ZH – Esta ação contra os traficantes vai ser em parceria com a Polícia Civil?
Freitas – A parceria com a Civil é fundamental. Todos os subsídios que nós recolhemos nesses locais conflituados são passados para eles.
ZH – Entre os grandes problemas da cidade estão os roubos de veículos, a postos de combustíveis e pequenos mercados. Como vocês vão agir?
Freitas – Esses crimes estão sendo monitorados. Todos os dias, a ação dos nossos policiais deverá estar focada naquele crime que está em alta. Agora, por exemplo, temos o roubo a posto de combustível (os ataques cresceram 76% nos cinco primeiros meses de 2012 no Estado). Já temos uma estratégia em prática para resolver o problema. Resolvido o problema, os bandidos vão migrar para outro tipo de ação. Eles vão nos encontrar lá.
ZH – São de conhecimento público as carências da corporação. Elas podem comprometer o seu plano?
Freitas – Ouço isso há anos. Temos que nos organizar com os recursos que temos à disposição e usá-los de maneira eficiente a serviço da população. A eficiência tem como coluna mestre o comandante da unidade, que deve orientar os seus homens. E não deixá-los sair do quartel sem rumo.
ZH – Como será feita a repressão aos traficantes que ficam nas portas das escolas?
Freitas – É um problema complexo, para o qual a nossa abordagem não será apenas no policiamento ostensivo. Nós precisamos ir à escola contar aos jovens que nós somos os heróis. Não podemos deixar que a cabeça do estudante seja ocupada pela conversa do traficante.
ZH – E os flanelinhas?
Freitas – Os flanelinhas abusados viraram um incômodo. Vamos agir.
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