O Policiamento Comunitário ou de Proximidade é um tipo de policiamento ostensivo que emprega efetivos e estratégias de aproximação, ação de presença, permanência, envolvimento com as questões locais, comprometimento com o local de trabalho e relações com as comunidades, objetivando a garantia da lei, o exercício da função essencial à justiça e a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do do patrimônio. A Confiança Mútua é o elo entre cidadão e policial, entre a comunidade e a força policial, entre a população e o Estado.

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

TERRITÓRIO DA PAZ GAÚCHO - CAXIAS DO SUL SERÁ O PILOTO DO INTERIOR


TESTE NA SERRA. Caxias será piloto para policiamento comunitário. Depois da Capital, Secretaria da Segurança espalha pelo Interior estratégia de combate ao crime - GUILHERME A.Z. PULITA, ZERO HORA 11/11/2011

Um cinturão de segurança pública abraçará bairros onde está concentrada a maior parte dos bancos e pontos comerciais de Caxias do Sul. O plano é da Secretaria de Segurança Pública, que escolheu a cidade serrana como piloto no Interior para o projeto Territórios da Paz, um modelo de policiamento comunitário que já é feito na Capital, mas começa a ser adaptado para o Estado.

Com esse tipo de trabalho, o secretário Airton Michels espera combater a criminalidade usando policiais militares que residam e conheçam a realidade socioeconômica de núcleos formados por um ou mais bairros. A ideia deve ser implantada até o final do ano, e a expectativa é de que surta efeitos positivo em 12 meses.

No Territórios da Paz, graças a uma parceira com a prefeitura, 30 PMs receberão um salário mínimo para custear aluguel onde vão atuar.

– Com o policial morando na comunidade, ele irá construir uma relação de confiança com a população e, logo, passará a conhecer as demandas e saber como o crime se organiza. Sabemos que não voltará a ser como antigamente, quando as pessoas dormiam com as portas abertas. Mas queremos garantir que as pessoas possam passear à noite e tomar chimarrão na frente de casa, sem a necessidade de tantas cercas, grades – defende Michels.

Na avaliação do secretário da Segurança, uma das vantagens do Territórios da Paz é o comprometimento que o brigadiano terá com a comunidade, já que fará parte dela. Em no máximo seis meses, Michels acredita que os primeiros resultados serão percebidos pela população. Esse é o tempo máximo estimado para que o policial consiga se ambientar e estabelecer uma relação de confiança. No próximo dia 25, o secretário estará em Caxias para participar da formatura dos 34 PMs – quatro atuarão no comando do projeto – e de 18 representantes dos bairros que receberão os servidores residentes. Porém, a aquisição do material de apoio ainda não está concluída.

Passo Fundo e Canoas serão as próximas a receber projeto

No dia 22, Michels estará em Passo Fundo, que receberá um projeto nos moldes. A cidade receberá um núcleo do Territórios da Paz nos bairros Integração e Záchia. O lançamento seguinte ocorrerá em Canoas, onde o projeto será implantado no bairro Mathias Velho. Ele será um complemento ao Projeto Guajuviras, desenvolvido na cidade há dois anos que teria reduzido em mais de 70% o número de assassinatos desde 2009.

De acordo com o coronel Júlio César Marobin, coordenador do programa e ex-comandante da BM em Caxias, o Estado está adquirindo 11 viaturas – uma para cada núcleo e uma que será utilizada pelo comando do comunitário –, armas e coletes à prova de balas. Serão investidos R$ 677 mil.

– No máximo, em janeiro, o projeto estará em atividade em Caxias do Sul – afirma o coronel.

O Territórios da Paz já está em prática em bairros da Capital, com algumas diferenças do projeto previsto para o Interior, principalmente por se concentrar em áreas conflagradas.

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