O Policiamento Comunitário ou de Proximidade é um tipo de policiamento ostensivo que emprega efetivos e estratégias de aproximação, ação de presença, permanência, envolvimento com as questões locais, comprometimento com o local de trabalho e relações com as comunidades, objetivando a garantia da lei, o exercício da função essencial à justiça e a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do do patrimônio. A Confiança Mútua é o elo entre cidadão e policial, entre a comunidade e a força policial, entre a população e o Estado.

quinta-feira, 3 de maio de 2012

FIM DOS POSTOS COMUNITÁRIOS?

COMBATENTE DA CASERNA PAPA MIKE
http://www.casernapapamike.com.br/?p=983 - 06/04/2012


Os Postos Comunitários de Segurança instalados em Samambaia amanheceram lacrados com cadeados nesta sexta-feira (6). A cidade conta com 10 unidades que tem o objetivo de manter um canal direto com as lideranças comunitárias, os comerciantes e os moradores para assim poderem atender com mais rapidez as ocorrências locais.

O comando da Polícia Militar na cidade confirmou o incidente e se justificou informando que a iniciativa foi necessária para que os policiais pudessem atender ocorrências repassadas pelo 190.

Algo que há muito tempo já deveria ter sido feito começa agora a ocorrer: O FECHAMENTO DESTES POSTOS COMUNITÁRIOS DE SEGURANÇA. Policiais totalmente subutilizados em suas funções, amarrados a postos policiais, impedidos de realizar o que realmente importa, o radio patrulhamento.

A ideia pode até ser boa, mas devido às condições do efetivo da PMDF é inoperável. Os postos que quando inaugurados começam com três e as vezes quatro policiais, acabam com um policial somente. E a pergunta: um policial resolve o quê com segurança?

Desde os primórdios da PMDF temos pensantes que defendem este tipo de policiamento, com postos policiais, e desde sempre nós da tropa sabemos que nunca funcionou e não irá funcionar. Retira-se um efetivo enorme das ruas para deixá-los enfurnados em posto. E aí o que o combatente faz? Começa a se desvencilhar do serviço de rua, e se adapta a sua nova realidade, policial de expediente. Uma pena que a própria policia consiga atrapalhar a efetividade do policiamento combativo de rua.

Mas quem sabe essa iniciativa do 11º BPM seja o início do fim deste tosco plano de segurança implantado pelo governador passado. Tomara.


NOTA: matéria indicada pelo Cel Afonso.

COMENTÁRIO DO BENGOCHEA - Não concordo com o fechamento dos postos. O posto policial é uma referência física da presença policial na área. Não é necessário manter um policial de permanencia, fixo dentro do posto para cuidar do prédio. O posto serve de base e de contato com os moradores locais. Por isto sou defensor dos postos comunitários e busquei manter todos eles abertos na minha gestão. As relações com a comunidade e a presença real e potencial do policiamento partia dos postos, e mesmo estando a guarnição em patrulhamento, a comunidade sabia que a BM estava por perto, bastando telefonar para o 190. Quando o cmt do grupo ou o oficial se fazia presente era ali os encontros com os pms e com moradores. Sem um ponto de referência, não há comprometimento com o local de trabalho. Sei que muitos foram construídos em locais inadequados, mas as intenções dos comandantes foram relevantes e obedeciam princípios, características e variáveis do policiamento ostensivo preventivo, já esquecido por muitos. O grande erro é construir prédios e instalar policiais preventivos para fazer guarda do prédio, instalando equipamentos e outros petrechos. O posto deve ser simples com banheiro, local para armário, mesa e cadeiras. A guarnição não precisa ficar amarrada ao posto mantendo a guarda do prédio. É uma referência física e simbolo do comprometimento da polícia preventiva com o local, o que não ocorre com as viaturas móveis.

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