O Policiamento Comunitário ou de Proximidade é um tipo de policiamento ostensivo que emprega efetivos e estratégias de aproximação, ação de presença, permanência, envolvimento com as questões locais, comprometimento com o local de trabalho e relações com as comunidades, objetivando a garantia da lei, o exercício da função essencial à justiça e a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do do patrimônio. A Confiança Mútua é o elo entre cidadão e policial, entre a comunidade e a força policial, entre a população e o Estado.

domingo, 11 de dezembro de 2011

MAIS CONFIANÇA

Mais confiança entre moradores e policiais de UPP. Pesquisa revela que 72,4% acham que envolvimento de PMs com a corrupção não existe ou é muito pequeno - ELENILCE BOTTARI - O GLOBO, 10/12/11 - 18h31

RIO - Marcada por décadas de violência e desconfiança, a relação entre moradores de favelas e policiais militares começa a mudar, pelo menos, nas comunidades beneficiadas pelo programa de Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs). Uma pesquisa inédita, realizada pelo Instituto Endeavor Brasil e pelo professor Maurício Moura, da Universidade George Washington, nos Estados Unidos, com 3.816 moradores de 23 comunidades pacificadas, revela que o envolvimento de policiais de UPP com a corrupção não existe ou atinge apenas uma pequena parte da tropa na opinião de 72,4% dos entrevistados. No entanto, para 6,9% dos ouvidos, a totalidade dos PMs é corrupta.

O diagnóstico mostrou ainda que, para a maioria dos moradores (66,8%), a segurança na favela melhorou depois da UPP. Outros 24,4% acham que não houve mudanças e 4,7% acreditam ter piorado. Entre os que pior avaliam a polícia ou mesmo a segurança na comunidade, estão os homens jovens, entre 16 e 24 anos.

— A comunidade está reaprendendo a respeitar o poder policial e o policial está reaprendendo a respeitar o morador de comunidade. São muitos anos de abandono do poder público. Nossos jovens de hoje nasceram conhecendo a polícia corrupta, violenta, agressiva, que só entrava na favela atirando, sem saber quem iria atingir. Para muitos deles, é estranho agora cruzar com um policial no beco e dar bom-dia — conta a presidente da Associação de Moradores do Morro dos Prazeres, Eliza Rosa Brandão.

Segundo ela, ainda há na comunidade policiais truculentos, mas são poucos:

— A maioria, graças a Deus, está aprendendo a ser a polícia pacificadora.

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