O Policiamento Comunitário ou de Proximidade é um tipo de policiamento ostensivo que emprega efetivos e estratégias de aproximação, ação de presença, permanência, envolvimento com as questões locais, comprometimento com o local de trabalho e relações com as comunidades, objetivando a garantia da lei, o exercício da função essencial à justiça e a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do do patrimônio. A Confiança Mútua é o elo entre cidadão e policial, entre a comunidade e a força policial, entre a população e o Estado.

terça-feira, 25 de maio de 2010

PACIFICAÇÃO - UPPs incentivam denúncias de moradores


Pacificação do Rio - UPPs incentivam denúncias de moradores - 24/05/2010 às 23h03m;
Guilherme Amado - Extra - O Globo

RIO - A pacificação das favelas tem contado com uma valiosa - e secreta - contribuição: a dos moradores. Para estimular a denúncia de irregularidades nas áreas com Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs), PMs têm distribuído panfletos com o número do telefone do Disque-Denúncia. O trabalho é fruto de uma parceria dos administradores do serviço com o Comando de Polícia Pacificadora.

A tiragem inicial foi de cem mil exemplares. O texto diz: "A sua comunidade foi pacificada. Ajude a manter a segurança!". Os panfletos já foram espalhados por quase todas as comunidades alvo do programa de pacificação. Faltam apenas Providência, no Centro, e as favelas ocupadas na Tijuca, onde ainda não foram instaladas UPPs.

Segundo o capitão Leonardo Nogueira, comandante da UPP do Pavão-Pavãozinho, o trabalho do Disque-Denúncia na favela tem produzido resultados. Sem citar nomes, ele garantiu já ter feito prisões após denúncias feitas ao serviço.

- O Disque-Denúncia faz um trabalho de divulgação grande e tem bastante credibilidade - disse.

De acordo com o relatório "Heróis anônimos. UPPs - A visão da favela", elaborado por pesquisadores do Disque-Denúncia a partir de 1.859 ligações recebidas, o teor das denúncias de moradores mudou após a pacificação. Foram analisados telefonemas antes e após a instalação de UPPs no Dona Marta (Botafogo), na Cidade de Deus, no Jardim Batam (Realengo) e no Chapéu Mangueira/Babilônia (Leme). Antes, a polícia era chamada por causa de tiroteios entre bandos, de perturbação do sossego por bailes funk, para impedir homicídios ou localizar corpos de vítimas. No período inicial de ocupação policial, as ligações eram mais sobre movimentação de traficantes, rotas de fuga, esconderijos e depósitos de armas e drogas. Já com as UPPs, cresceu o número de denúncias sobre pontos de venda de drogas, mantidos por pequenos grupos ou um só traficante. O resultado do trabalho fez as próprias UPPs oferecem telefones para denúncias.

COMENTÁRIO DO BENGOCHEA - Pena que este tipo de policiamento está sendo empregado sem o suporte necessário para garantir credibilidade nas ações, nos policiais e no Estado. É isolado e focado apenas no aparato policial.

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